A mulher em situação de rua de 45 anos, que foi filmada sendo estuprada por um homem na Rua Brás Cubas, no Centro de Santos, na quarta-feira passada (1º), deu depoimento na tarde desta quinta-feira (9) na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos (DDM) sobre o caso. Ela alegou que realmente foi vítima de violência sexual, contradizendo a versão do suspeito, que, em depoimento nesta quarta-feira (8), disse que não cometeu o crime, pois teria pagado R$ 10 e um lanche por programa com a mulher.
De acordo com a delegada da DDM, Débora Peres Lázaro, a mulher foi encontrada nesta quinta-feira no Fórum de Santos, por meio de uma denúncia, e foi levada para a delegacia por uma assistente social.
No depoimento, a mulher relatou que o suspeito a abordou enquanto dormia. O homem, segundo ela, apertou suas mãos com força e encostou o órgão sexual no corpo dela, porém, sem haver penetração.
Ainda de acordo com o relato da vítima, o suspeito saiu do local ao perceber que a rua estava começando a ficar movimentada. Ela também disse que não lembra de mais detalhes, até pelo fato de a ação ter acontecido de maneira muito rápida.
A delegada acrescentou que a mulher não procurou a delegacia para fazer o exame sexológico no dia do crime, para comprovar se realmente havia indícios de estupro.
O homem não será indiciado porque, segundo a delegada, é a palavra de um contra o outro. O caso foi encerrado por parte da polícia, que reúne as informações das investigações para enviar para o Fórum de Santos. A partir daí, caberá à Justiça definir se o suspeito será julgado ou não.
Na sequência, o suspeito monta uma 'cabana' com papelão e uma tampa de contentor de lixo. Depois disso, o registro o mostra supostamente abusando sexualmente da mulher em situação de rua.
Em depoimento, o suposto abusador confessou ter ingerido bebidas alcoólicas e um pino de cocaína antes do ato. Também ressaltou que não houve penetração e apenas sexo oral, pois a mulher não se sentiu confortável com as pessoas passando pela rua.
Responsável pela defesa do suspeito, o advogado Natalício Batista dos Santos diz que o vídeo que está circulando na internet é editado e não mostra a verdade dos fatos. Para o defensor, o crime cometido pelo cliente é apenas o de ato obsceno em público. “Foi uma besteira que ele fez. Ele nunca teve passagem pela polícia e foi uma besteira de momento”.