Acusado de estuprar mulher na rua em Santos confessa que estava sob efeito de bebidas e droga
Caso ocorreu em plena luz do dia no Centro da cidade
O homem suspeito de estuprar uma mulher em situação de rua disse em depoimento que estava sob o efeito de bebidas e drogas durante o ato sexual em plena luz do dia na Rua Brás Cubas, no Centro de Santos. A informação foi confirmada pela delegada Deborah Perez Lázaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), nesta quarta-feira (8).
O caso aconteceu na tarde do dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalho, e ganhou repercussão nas redes sociais. O suspeito é morador de Praia Grande e trabalha em Santos. No momento do ato, ele afirma que estava voltando para casa após curtir o fim do expediente com um amigo.
“(O ato) ocorreu no dia 1º de maio pela manhã. Ele estava com um amigo e consumiu bebida alcoólica e um pino de cocaína. Passou pelo local, avistou a vítima que estava na calçada e, segundo a declaração dele, disse que foi um sexo consentido. Ou seja, ela fez sexo oral nele. Ele nega qualquer tipo de penetração”, explica a delegada.
Preliminarmente, o suspeito não será indiciado. A suposta vítima ainda não foi encontrada pela Polícia Civil e, por conta disso, o caso não virou um inquérito criminal. A Polícia Militar (PM), a Guarda Civil Municipal (GCM) e a equipe de assistência social da Prefeitura de Santos estão prestando apoio à DDM para encontrar a mulher em situação de rua.
“A maior dificuldade é ouvir a outra parte. Numa investigação não podemos ouvir só uma parte. A vítima não passou por atendimento médico logo após o fato, não procurou auxílio de uma delegacia de policial, enfim, não temos uma materialidade desse fato, então é muito importante que ela se apresente para que pudéssemos ouvi-la”, informa.
O caso foi registrado preliminarmente e a investigação segue como estupro de vulnerável. Entretanto, a delegada não descarta a possibilidade do rapaz responder por ato obsceno por ter feito a relação sexual de forma pública. Porém, ela ressalta que a população entre em contato com a DDM caso tenha ciência da localização da suposta vítima.
Ainda segundo a delegada, a suposta vítima era conhecida nos entornos e costumava a ficar pela região em que o ato aconteceu, porém nunca mais foi vista pelo local desde que o caso veio à público.
Autores dos vídeos
Os autores dos vídeos que circulam nas redes sociais também prestaram depoimento na DDM de Santos nesta quarta-feira (8), mas não responderão criminalmente neste momento. Individualmente, os dois afirmaram que não prestaram socorro à suposta vítima pois acreditaram que se tratava de uma relação consensual.
“Essas testemunhas estão sendo ouvidas para explicar esses fatos do porquê da gravação e de não acionarem a polícia no momento. Preliminarmente não vejo crime, várias pessoas gravam diversas situações, então nós agora estamos simplesmente querendo saber o que aconteceu com essa moça, que é o mais importante”.
Defesa
O defensor do acusado, o advogado Natalício Batista dos Santos, alega que o vídeo que está circulando na internet é editado e não mostra a verdade dos fatos. “Ela aceitou o dinheiro, ele fez aquele tapume para consumar o ato. Mas, na hora, houve um desentendimento e eles não quiseram continuar”.
Para o advogado, o crime cometido pelo cliente é apenas o de ato obsceno em público. Por isso, ele solicitou à Polícia Civil que fossem extraídos os vídeos do sistema de monitoramento da rua para que as imagens na íntegra demonstrassem a negociação entre os dois.
Caso a população tenha alguma informação sobre seu paradeiro, é possível fazer uma denúncia pelo telefone (13) 3235-4808.
