A Prefeitura de São Vicente assinou, na tarde desta segunda-feira (30), contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF) para a liberação de R$ 58 milhões, que serão destinados à recuperação estrutural da Ponte Jornal A Tribuna, a Ponte dos Barreiros, fechada para o tráfego de veículos automotores desde 30 de novembro.
Conforme explicou o prefeito Pedro Gouvêa (MDB), o Governo Federal já disponibilizou no Orçamento a liberação de R$ 48 milhões, que serão utilizados para a contratação de um projeto de obra emergencial. O repasse será feito em parcelas.
Os outros R$ 10 milhões, que completam o convênio da Caixa de R$ 58 milhões, serão liberados somente no ano que vem, sem previsão de data.
A solenidade de assinatura do convênio, na sede da prefeitura, teve a participação de figuras políticas de São Vicente, da deputada federal Rosana Valle (PSB) e do deputado estadual Caio França (PSB), além de Renato Bolsonaro, irmão de Jair Bolsonaro, que participou representando o presidente.
"O presidente me autorizou a vir aqui como representante e transmitiu um forte abraço, e que pode contar com ele. Independentemente de ser atribuição dele ou não a questão da ponte. Mexeu com os brasileiros, mexeu com o Governo Federal. Ele se mobilizou e viabilizou esse convênio no fim de ano", comentou.
Interdição da ponte
A Ponte dos Barreiros está interditada desde 30 de novembro, ou seja, há um mês, para o tráfego de veículos. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo seguiu recomendações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que apontou risco de colapso estrutural da ponte.
A situação da ponte é acompanhada de perto pelo poder público estadual e federal. Houve tentativas de liberação para veículos com restrições, mas as solicitações foram recusadas pela Justiça.
A Ponte dos Barreiros é o principal acesso de ligação das áreas Continental e Insular de São Vicente. Com a interdição, cerca de 150 mil moradores da Área Continental estão sendo prejudicados em suas rotinas, desde ida e volta do trabalho, como também para retornarem às suas casas.
Linhas de ônibus municipais e intermunicipais precisaram ser alteradas para atender aos moradores da região, que estão sendo obrigados a fazer o percurso de 600 metros da ponte a pé, ou então com o uso de carrocelas, veículo muito utilizado para o turismo na região.