Autoridades se reúnem após dois casos de latrocínio em dez dias no litoral de SP
Três pessoas morreram em dois casos de latrocínio em Itanhaém
O prefeito de Itanhaém, Tiago Cervantes (PSDB), se reuniu, nesta segunda-feira (4), com o secretário de Estado da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos. Cervantes foi a São Paulo à tarde para falar sobre os últimos latrocínios na cidade.
"Apresentei as demandas da Cidade neste momento em que diversos episódios de violência têm abalado toda a população. Dentre as reivindicações, tratamos da reposição do efetivo da PM (Polícia Militar), mais viaturas, operações frequentes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), e integração dos sistemas de monitoramento por câmeras da Prefeitura e da Polícia Militar", escreveu o prefeito em uma rede social.
Crimes
O crime mais recente ocorreu no sábado (2). A empresária Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes, de 41 anos, foi assassinada com dois tiros perto onde trabalhava, na Praça Benedito Calixto, Centro de Itanhaém.
Os assaltantes levaram o celular e o carro da vítima. A Polícia Militar encontrou o veículo incendiado. Os cinco criminosos que teriam participado da ação ainda ainda não foram localizados. O caso foi registrado como latrocínio e é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) disse que as investigações seguem em andamento, "sem novidades".
O outro crime tratado na reunião ocorreu no fim de setembro e terminou com a morte de duas pessoas. Dois homens invadiram uma casa, no Jardim Suarão, para cometer um assalto e atiraram na cabeça de quatro pessoas. Um pedreiro que trabalhava no local e uma adolescente morreram. A dupla foi presa.
"Indignado"
Cervantes já havia se manifestado contra a violência na Cidade no domingo (3), em publicação nas redes sociais em que cobrava a agilidade nas investigações do crime. O prefeito disse, então, que estava "indignado" com a violência.
Nesta segunda, ele pediu ações de prevenção. "Entendemos que a melhor opção para atenuar o problema é a manutenção de diálogo permanente entre Prefeitura e Governo do Estado, efetivando e consolidando as parcerias e convênios que são essenciais para garantir a segurança da nossa população", escreveu, em outra postagem.
Protesto
A falta de segurança em Itanhaém foi assunto na sessão da Câmara desta segunda. Parentes de Alessandra protestaram. A prima dela desabafou, em entrevista à Reportagem.
Os vereadores Rutinaldo Bastos (Pode), Henrique Garzon (Pode), José Roberto Jr. (Cidadania), Professor Fernando (MDB), Bibão (PSDB), Arlindo Martins (SD), Lucas Abbasi (PSDB), Silvinho (SD) e Naldo do Bodeguita (PSDB) cobraram medidas de segurança mais eficazes de Estado e Prefeitura. Eles compararam os índices criminais com os de municípios vizinhos — em especial, Praia Grande, que tem mais câmeras de monitoramento do que Itanhaém.
