Polícia Federal aumenta nível de segurança no Porto de Santos

Mesmo assim, segundo o Sindisan, houve casos de vandalismo durante bloqueios nos acessos ao cais santista

Por: Fernanda Balbino  -  01/11/21  -  18:32
Atualizado em 01/11/21 - 18:55
 Categoria se concentrou na região da Alemoa, único acesso à Margem Direita do Porto
Categoria se concentrou na região da Alemoa, único acesso à Margem Direita do Porto   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

O nível de segurança do Porto de Santos foi ampliado pela Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis no Estado de São Paulo (Cesportos), coordenada pela Polícia Federal, desde domingo (31). Com isso, em caso de invasões ou perturbações, a Polícia Militar está autorizada a atuar na área portuária e a bordo dos navios. Mesmo assim, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), houve atos de vandalismo na manhã desta segunda (1º).


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“A maioria das empresas de transporte suspendeu as entregas e coletas de cargas nos terminais da Baixada Santista, e estão mantendo os veículos em suas garagens, por medida de segurança, tendo em vista que algumas que tentaram operar já sofreram atos de vandalismo e outras continuam recebendo ameaças ao longo do dia”, destacou a entidade, em nota.


Segundo o Sindisan, não houve adesão de transportadoras à greve. “Nossa expectativa é por uma breve solução. Caso a paralisação se prolongue, acreditamos que enfrentaremos problemas de abastecimento, que já é uma realidade em função da pandemia e, certamente, se agravará ainda mais. Além disso, outro problema que poderá ocorrer é o acúmulo de cargas nos terminais da região”.


A entidade aponta que algumas ações podem contribuir para o fim dessas paralisações. Entre elas, estão o “empenho do governo para redução da carga tributária, principalmente no valor do combustível, que sabemos que é um problema mundial, mas que pode ser reavaliado internamente”, o realinhamento dos preços de frete por parte dos empresários e, consequentemente, uma melhor remuneração aos caminhoneiros autônomos, além de uma atuação efetiva de fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).


Vandalismo


“É inadmissível que, mais uma vez, as empresas de transporte sejam prejudicadas e impedidas de colocar suas frotas na rua, por conta de ameaças advindas de vândalos que atuam de forma velada nas imediações do Porto de Santos”, destacou a entidade, em nota.


De acordo com a diretoria do Sindisan, a informação que não há manifestação no Porto é inverídica. Isto porque houve relatos de empresas que tentaram prosseguir com suas operações e foram impedidas por grupo em veículos de passeio circulando nas vias locais da região.


“Seguir afirmando que há normalidade na operação é condenar as empresas de transporte a travarem uma nova briga com seus clientes, por conta de acharem que as empresas estão se negando a prosseguir com o transporte por mera vontade”, afirmou a entidade.


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