Justiça do Trabalho nega liminar para Jorge Sampaoli e auxiliar em ação movida contra o Santos

O treinador e os demais membros da comissão técnica entraram com um processo pelo não recebimento do FGTS

Por: Bruno Lima  -  12/12/19  -  18:53
Pablo Fernandez e Jorge Sampaoli tiveram as liminares negadas pela Justiça do Trabalho
Pablo Fernandez e Jorge Sampaoli tiveram as liminares negadas pela Justiça do Trabalho   Foto: Ivan Storti/SantosFC

A Justiça do Trabalho do Estado de São Paulo negou a liminar solicitada pelo técnico Jorge Sampaoli e o seu auxiliar Pablo Fernandez para o rompimento indireto do contrato pelo não recebimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos últimos quatro meses.


Os dois, junto com os irmãos Carlos e Jorge Desio, além de Marcos Fernandez, entraram com uma ação na Justiça, quarta-feira (11), pedindo a rescisão indireta de contrato com o Peixe pelo não recebimento deste benefício.


Com a recusa da Justiça, Pablo Fernandez segue vinculado ao clube. O técnico, porém, se demitiu.


Na decisão indefirida de Pablo Fernandez, o juiz Athanasios Avramidis marca uma audiência entre o profissional e seus advogados com os representantes do Santos para o dia 3 de fevereiro de 2020.


A Justiça do Trabalho deve se manifestar sobre os pedidos dos demais membros da comissão técnica em breve.


Guerra declarada


Santos e o técnico Jorge Sampaoli declararam guerra na última segunda-feira (9), após uma reunião no CT Rei Pelé, que terminou com diferentes interpretações. Para o clube, o treinador deixou o encontro depois de pedir demissão.


O argentino tem visão diferente. Por mais que tenha se exaltado com o presidente José Carlos Peres, Sampaoli alega que não pediu demissão. Isso, segundo o advogado do técnico, Gustavo Amorim, só ocorreu nesta quarta-feira (11), por meio de uma notificação.


O dia em que o pedido de desligamento ocorreu tem grande importância, pois no contrato de Sampaoli havia uma cláusula que liberava qualquer uma das partes de pagar multa rescisória, caso o vínculo válido até dezembro de 2020 fosse encerrado a partir do dia 10 de dezembro de 2019.


Como o Santos entende que o treinador pediu demissão no dia 9 de dezembro, cobra o pagamento da multa rescisória. Os advogados de Sampaoli contestam isso dizendo que qualquer pedido de demissão só seria aceito mediante uma notificação. E isso só ocorreu nesta quarta-feira (11).


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