Sampaoli e auxiliares entram com ação na Justiça contra o Santos

O treinador argentino e os membros da comissão técnica estão sem receber o FGTS há meses

Por: Bruno Lima  -  11/12/19  -  21:37
Sampaoli e membros da comissão técnica entraram na Justiça contra o Santos
Sampaoli e membros da comissão técnica entraram na Justiça contra o Santos   Foto: Ivan Storti/Santos FC

O técnico Jorge Sampaoli e quatro membros da comissão técnica do Santos, por meio de seus advogados, entraram com ação na Justiça do Trabalho, nesta quarta-feira (11), pedindo a rescisão indireta de contrato com o Peixe pelo não pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos últimos quatro meses.

Em entrevista para A Tribuna On-line, o advogado do treinador argentino, Gustavo Amorim, que esteve na reunião com o presidente José Carlos Peres, na segunda-feira (9), no CT Rei Pelé, explicou a medida.

“Entramos com essa ação mesmo, na tarde desta quarta-feira, pois tanto Sampaoli quanto os membros da comissão técnica estão sem receber o FGTS dos últimos quatro meses. A verdade é que nos causou estranheza a nota que o Santos publicou na noite de terça-feira (10) dizendo que o Sampaoli havia pedido demissão na última segunda-feira. Isso não ocorreu. Principalmente porque no contrato do treinador consta que qualquer pedido de demissão tem que ser feito por meio de uma notificação. E não foi isso que aconteceu”, disse o advogado.

Questionado se tal pedido de demissão poderia ter sido feito no calor da discussão entre Sampaoli e Peres, Amorim negou.

“De cabeça quente, o Sampaoli falou que não conseguia trabalhar com o presidente José Carlos Peres, apenas isso. A reunião entre eles, aliás, terminou com a apresentação de uma proposta de investimentos que seria levada ao Comitê de Gestão (CG) em uma reunião. E essa reunião só acontece nesta quarta-feira (11)”, acrescentou o representante jurídico.

Amorim também ressaltou que há alguns meses foi feito um aditamento no contrato de Jorge Sampaoli que autorizava ele, e o próprio Santos, a pedir a rescisão do vínculo, a partir do dia 10 de dezembro de 2019, sem qualquer obrigação de ressarcimento para nenhuma das partes.

O pedido de demissão, por meio de documentação, só foi feito nesta quarta-feira (11).

O Santos tem argumento distinto. O clube entende que o técnico pediu a demissão no dia 9. Ou seja, ainda dentro do prazo em que a cláusula estava em vigor.


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