Desfiles do Carnabanda podem ocorrer na Passarela do Samba
Prefeitura e Polícia Militar estudam concentrar evento em um local com controle de acesso para intensificar ações de segurança
Os mais de 50 desfiles restantes do Carnabanda de Santos podem ser realizados na Passarela do Samba Dráuzio da Cruz ou em outro local da cidade com controle de acesso. Os objetivos da prefeitura e da Polícia Militar são intensificar as ações de segurança e garantir a segurança dos foliões.
Na noite de terça-feira (28), um arrastão assustou moradores do Gonzaga durante a apresentação da banda Carnatole e fez a administração municipal suspender o evento, temporariamente, até sexta-feira (31).
“O esforço é para que o evento continue 100% seguro. É risco zero, por isso a prefeitura vai escutar a Polícia Militar e a determinação sobre segurança será acatada”, disse o secretário de Cultura de Santos, Rafael Leal.
Na sexta, haverá a divulgação de um novo calendário e formato para o Carnabanda. “A gente se reuniu, fez uma gestão de riscos, avaliou os problemas contra a vida das pessoas, contra o patrimônio e, principalmente pensando nos moradores, houve a decisão de suspender o Carnabanda”, disse o major da Polícia Militar Nivaldo Donizete Terra.
A ideia é que os desfiles ocorram em um local único. Uma das possibilidades é a utilização da Passarela do Samba, na Zona Noroeste. “Até lá, as bandas estão proibidas de circular pela cidade”, reforçou o secretário municipal de Segurança, Sergio Del Bel. Quem descumprir a determinação sofrerá sanções cabíveis ao caso, podendo chegar até a apreensão dos equipamentos e carro de som, acrescenta Del Bel.
Seis bandas que iriam às ruas de Santos entre quarta e sexta-feira tiveram seus festejos suspensos temporariamente. Não foi informado se os desfiles serão retomados no fim de semana.
Outro lado
Em uma próxima etapa, uma comissão do município decidirá o que acontecerá com a banda Carnatole. O presidente dela, Luiz Felipe Amaral, diz que houve um número maior de participantes do que tinha sido previsto.
“Houve muita divulgação e éramos a única banda do dia. Mesmo com a segurança contratada, não havia o que fazer. Era um grupo de moleques que não seria inibido por poucos policiais. Precisava de um reforço no fim do desfile, quando ocorreram os furtos”.
As demais bandas que também tiveram problemas com falta de segurança, furtos e roubos na edição deste ano do Carnabanda também serão avaliadas. Contudo, apesar dos questionamentos da Reportagem, não foi confirmado quantas das sete bandas que já haviam passado pelas ruas da cidade desde o último dia 24 registraram ocorrências do tipo.
