Mais cargas e empregos: diretor da Fips lista benefícios de pera ferroviária no Porto de Santos

João Almeida fala com otimismo sobre obra anunciada a partir de acordo entre Autoridade Portuária e Marimex

Por: Anderson Firmino  -  11/08/23  -  07:48
Atualizado em 11/08/23 - 08:04
Área hoje ocupada pela Marimex dará espaço para uma importante ferramenta logística do Porto
Área hoje ocupada pela Marimex dará espaço para uma importante ferramenta logística do Porto   Foto: Alexsander Ferraz / AT

Na assinatura do documento que viabilizará a construção da pera ferroviária no Porto de Santos, em cerimônia realizada nesta quinta-feira (10), o diretor-presidente da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), João Almeida, mostrava otimismo quanto à possibilidade de tirar a obra do papel. Ele cita uma série de benefícios da obra para a economia da Cidade e o próprio Porto de Santos. O contrato para gestão da malha ferroviária do Porto é válido por 35 anos.


“O Porto de Santos ganha demais. São 20 milhões de toneladas a mais que serão movimentadas e mais receita sobre tarifas para a APS, recolhimento de ISS (Imposto sobre Serviços) para a Prefeitura, a garantia dos empregos atuais e aumento de vagas, porque vai chegar mais volume pela via ferroviária”, aponta.


Almeida cita, ainda, o principal ganho logístico com a construção da pera. “Ela vai viabilizar a logística porque, hoje, os trens que acessam o porto, para chegarem ao corredor de exportação, são obrigados a estacionar para um desmembramento dos vagões. A pera vai evitar isso. O trem chegará inteiro, carregado, e assim irá para até o corredor de exportação. De lá, vai sair vazio e inteiro”.


O presidente da Fips não informou o custo da obra da pera e evitou comentar a respeito das intervenções previstas no contrato (pátio ferroviário entre o Canal 4 e a Ponta da Praia, viadutos para eliminação de passagem de nível na região do Canal 4-Marinha e passarelas de pedestres entre o Canal 4 e a Ponta da Praia). “Vamos seguir o que está no contrato”, resumiu.


Valongo em alta
O prefeito Rogério Santos destacou a possível mudança no trânsito da Cidade, com a ampliação da utilização do modal ferroviário. “Tudo que a cidade quer é a diminuição da movimentação apenas por caminhões, aumentando a prestação do transporte da logística por meio de ferrovia. Isso traz sustentabilidade e melhora o trânsito na entrada da Cidade”, aponta.


Solução agrada
Para ele, outro ponto importante é a solução de uma guerra jurídica que atende a uma empresa com base na Cidade. “A gente sempre luta pelas coisas de Santos, pelo emprego, pelas empresas locais, e isso é um passo importante. Esse projeto também está vinculado ao futuro terminal de passageiros no Valongo. Ele propicia um novo terminal de fertilizantes e, necessariamente, tira os cruzeiros de onde estão. São inúmeros benefícios, além da geração de empregos”, emenda.


Especialista em infraestrutura e consultor portuário, Rodrigo Paiva, que também é colunista de A Tribuna, vê a definição da pera ferroviária com agrado. “Finalmente teremos uma pera ferroviária, que vai dar tração às cargas da Margem Direita. Acho que o ganho para todas as cargas de granéis será muito significativo. Do ponto de vista logístico também, da operação ferroviária, um gargalo dos terminais graneleiros”, argumenta.


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