A Capitania dos Portos do Estado de São Paulo está pronta para a chegada do porta-contêiner CMA CGM Vela, de bandeira alemã, o maior do tipo a atracar no Porto de Santos, com 347,4 metros de comprimento. De acordo com o comandante da CPSP, capitão de mar e guerra Robledo de Lemos Costa e Sá, a segurança da operação é a prioridade durante as manobras.
O ineditismo da manobra requer medidas com um pouco mais de cautela, para que possamos ter a chegada do navio, sua navegação pelo canal até a atracação, com o maior nível de segurança possível. Por isso, a gestão do risco prevê uma série de medidas, como a escalação de dois práticos no interior do navio, além da disponibilidade e utilização de seis rebocadores, quatro efetivamente atrelados à manobra e dois na retaguarda, para que possam ser empregados em qualquer necessidade", explica.
O capitão lembra que a interrupção no serviço de travessia entre Santos e Guarujá também reforça a preocupação com o bom andamento das operações, previstas para o início da tarde desta segunda-feira (24).
"A salvaguarda da vida humana está sempre em primeiro lugar. Pedimos a compreensão de todos, mas sabemos que a sociedade santista, com água salgada no sangue, entende essa necessidade", pontua o capitão Robledo de Lemos Costa e Sá.
O comandante da capitania dos Portos lembra que a movimentação de hoje é o primeiro passo para algo que deve se tornar um hábito no cais santista: a chegada de navios com até 366 metros de comprimento.
"Os estudos se pautaram para a homologação de navios de 340 a 366 metros, com calado de 14,2 metros. Somente a rotina dessas operações vai trazer parâmetros que poderão ser analisados e a gente flexibilizar, dentro dessa observação do que acontecer, possibilitando uma normalidade para a operação desses navios de grande porte aqui no Porto".