Atraso e mudanças nas rotas de navios no Brasil é reflexo de cenário internacional

Solução da Antaq para diminuir prejuízos é a antecipação do problema, que permite um planejamento maior dos terminais

Por: Ágata Luz  -  13/05/22  -  19:05
Atualizado em 13/05/22 - 20:12
Antaq acompanha o problema com a percepção do cenário mundial
Antaq acompanha o problema com a percepção do cenário mundial   Foto: Divulgação/SPA

Os atrasos e omissões de escala de navios nos portos brasileiros, identificados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como principal gargalo na exportação brasileira, são reflexo de uma cenário internacional afetado. A conclusão é da Antaq, que conversou com armadores que atuam no País.


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A diretora da agência, Flávia Takafashi, explica que, ao justificarem os atrasos e omissões, os armadores dizem que a dinâmica internacional está toda afetada. “Realmente, isso é uma verdade. Em um momento pós-pandemia, nós temos um aumento da demanda com movimentação de carga conteinerizada no mundo todo. Com isso, as frotas disponíveis pelos armadores internacionais passam a não ser suficientes não só no Brasil, mas no mundo”.


Flávia garante que a Antaq acompanha o problema com a percepção do cenário mundial. “A gente tem essa sensibilidade de que os armadores, quando levam a ter a decisão de omissão ou atraso, o fazem para conseguir reorganizar todo seu alinhamento de rotas do mundo como um todo”, ressalta, contrapondo com o fato desta decisão gerar um grande prejuízo para exportação e importação brasileira.


“Às vezes, o atraso e até a necessidade de omissão são identificados pelo armador de maneira bastante prévia, só que ele comunica isso próximo ao deadline que possui de embarque das cargas e quando isso acontece, o terminal já recebeu aquela carga, está com o pátio cheio e o exportador também já se programou para colocar dentro da janela que ele tem a carga no terminal”, diz Flávia.


Por isso, a intenção do grupo de trabalho (GT) foi tentar diminuir os prejuízos com a antecipação do problema. "A gente tem tentado entender para quais linhas e quais possibilidades seria possível antecipar essa previsibilidade em relação às omissões para que haja o maior planejamento logístico dos terminais”, enfatiza.


Ela justifica que a antecedência permite um planejamento maior dos terminais e eles não privilegiam produtos que não serão embarcados. “A gente tem tratado em cima dessa questão para trazer ao mercado, incentivar aos operadores e aqueles que estão envolvidos nessa logística de importação e exportação, uma melhor adequação”.


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