Secretária adjunta de governo é exonerada da Prefeitura de Cubatão após suposta ligação com o PCC

Fabiana de Abreu Silva foi presa em casa durante operação do Gaeco

Por: ATribuna.com.br  -  16/04/24  -  21:04
Fabiana trabalhava em Cubatão e mora em Praia Grande
Fabiana trabalhava em Cubatão e mora em Praia Grande   Foto: Reprodução/ Redes sociais

Presa na manhã desta terça-feira (16), a servidora pública de Cubatão Fabiana de Abreu Silva foi exonerada do cargo. Ela atuava como secretária adjunta de governo na cidade e foi presa em casa, em Praia Grande, pela suspeita de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e fraudes em licitações.


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Ela foi o terceiro alvo da operação comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com a Polícia Militar (PM) na Baixada Santista. A exoneração foi confirmada pela Prefeitura, que ressaltou não ter sido citada na investigação que apura eventuais irregularidades em contratos da Câmara Municipal.


A Administração de Cubatão também alegou que tem colaborado com o Ministério Público (MP), fornecendo documentos e informações solicitadas.


Fabiana ocupou cargo de confiança de assessora especial de políticas estratégicas e, recentemente, assumiu a função de secretária adjunta de governo. “A referida servidora foi exonerada para garantir imparcialidade às investigações e à sua ampla defesa junto ao Ministério Público”, disse a Prefeitura, em nota.


A suspeita foi presa em casa, no bairro Boqueirão, em Praia Grande, por volta das 6h20 desta terça-feira (16). Os agentes da polícia foram recepcionados pelo marido da servidora. Fabiana estava no imóvel e permitiu a entrada dos oficiais, que fizeram buscas pelo apartamento.


Nada de ilícito foi encontrado com ela, que declarou que não sabia nada em relação ao mandado. A servidora foi encaminhada para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande, onde permanece à disposição da Justiça. O caso foi registrado como captura de procurado.


Operação

Conforme o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o objetivo da Operação Munditia é desarticular uma organização criminosa, ligada à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que está sendo investigada por realizar fraudes em licitações em todo o Estado. Para isso, a 5ª Vara Criminal de Guarulhos expediu 42 mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos nesta manhã em várias cidades, e mais 15 mandados de prisão temporária, entre eles de três vereadores de cidades do Alto Tietê e do Litoral de São Paulo.


As investigações apontam que os envolvidos atuavam em empresas que fraudavam competições em processos de contratação de mão de obra terceirizada em várias prefeituras e câmaras. Contratos em cidades como Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Santos, Buri e Itatiba foram descobertos. Outros municípios também estão com contratos sob análise.


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