O prefeito afastado de Guarujá, Válter Suman (PSDB), e a mulher dele, Edna Suman, estiveram no Fórum Federal do Centro de Santos, na tarde desta terça-feira (3), para colocação de tornozeleiras eletrônicas. O monitoramento é uma medida cautelar imposta pela Justiça. O casal é investigado por suposto desvio de recursos públicos.
Suman e Edna chegaram acompanhados do advogado Edson Asarias, que falou brevemente sobre a situação do prefeito afastado.
"Existe um equívoco muito grande cometido pela autoridade, e que vai ser resolvido. Foi feito o cumprimento da (medida) cautelar que era para ser feito", disse Asarias.
Perguntado se a dupla colocou tornozeleira eletrônica, o advogado não respondeu. O prefeito afastado e a esposa também não falaram com a imprensa após a saída do fórum.
Investigação
Válter Suman é investigado pela Polícia Federal por suposto desvio de dinheiro público nas áreas da saúde e educação. As ações teriam tido intermédio de organizações sociais.
Em setembro do ano passado, ele foi preso durante a primeira fase da Operação Nácar. Na ocasião, o então secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau, também foi detido. Eles ficaram presos por três dias.
No fim de março deste ano, o desembargador Nino Toldo, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), determinou o afastamento de Suman da Prefeitura de Guarujá, o qual foi anunciado pela Câmara dos Vereadores. Em abril, o prefeito afastado foi até a delegacia da Polícia Federal em Santos para prestar depoimento sobre o caso.
No inquérito, a PF pediu a prisão do chefe do Executivo guarujaense, mas a mesma foi negada pela Justiça, que preferiu a adoção de medidas cautelares.
Outros cinco vereadores também foram citados na investigação. São eles Edmar Lima dos Santos, o Juninho Eroso (PP), presidente do Legislativo; Mário Lúcio da Conceição (PSB); José Francinaldo Ferreira de Vasconcelos, o Naldo Perequê (PSB); Sirana Bosonkian (PTB); e Walter dos Santos, o Nego Walter (PP).
Impeachment
Uma possível cassação do mandato de Válter Suman é avaliada por uma Comissão Processante instaurada na Câmara dos Vereadores de Guarujá. A solicitação foi feita pelo engenheiro e advogado José Manoel Ferreira, com base nos apontamentos feitos pela PF.
Outros dois pedidos de impeachment também foram feitos, mas rejeitados pela Câmara. Os vereadores entenderam que as solicitações têm o mesmo teor do pedido que já foi aprovado pela Casa.