Acusado de dar carteirada na fila da balsa a um cabo e dois soldados, chamando-os de “bostas”, o guarda municipal Ricardo Bertero, de Guarujá, nega as acusações e alega que foi vítima de “abuso de autoridade” por parte dos policiais militares.
A abordagem na fila da balsa aconteceu após o guarda esbarrar o seu carro em outro veículo e o motorista deste automóvel avisar os PMs. Dois dias depois, pela internet, Bertero registrou outro BO, de “abuso de autoridade”, contra os policiais.
“Esclareço que, em momento algum, a minha intenção foi dar carteirada nos policiais militares. Apenas me identifiquei como GCM (guarda civil municipal) por estar portando uma arma de fogo”, relata Bertero.
O guarda informa que estava de folga e à paisana, acompanhado da sua mulher, quando os PMs o abordaram de forma “truculenta e hostil”. Ele nega ter esbarrado o seu carro em outro veículo, refutando declaração dos policiais de que estaria embriagado.
“Atendi a tudo que me foi requisitado, me coloquei à disposição para realizar o teste do bafômetro ou qualquer outro exame e me apresentei para a autoridade policial”, declara o guarda. Ele admite que agiu em sua “própria defesa”, mas sem desrespeitar os PMs.
Apoio da classe
Presidente da Associação dos Guardas Civis Municipais da Baixada Santista, Rodrigo Coutinho diz que o departamento jurídico da entidade defende Bertero no procedimento administrativo e no processo criminal, “inclusive contra os policiais militares”.
Para Coutinho não houve carteirada. Segundo ele, é procedimento normal o agente de segurança pública se identificar em qualquer situação que envolva outras forças de segurança, pois eles estão armados e a identificação evita acidentes na abordagem.