Acusados de ajudarem mãe a levar filho à força, em Santos, são indiciados
Caso passou a ser investigado como subtração de incapaz e cárcere privado pela Delegacia da Mulher
A Polícia Civil indiciou dois homens que ajudaram a mãe que tomou o filho à força da avó paterna no dia 23 de abril, em Santos. Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38 anos, teria ajudado a mulher a levar o menino de 5 anos de carro para São Paulo, enquanto Erivan Francisco da Silva, de 41, seu ex-cunhado, combinou a fuga. Até o momento, quatro pessoas prestaram depoimentos, mas ainda não há informações sobre o paradeiro da criança.
O caso aconteceu por volta das 8 horas na Rua Dona Amélia Leuchtemberg, no Bairro Ponta da Praia. O momento foi registrado por um sistema de monitoramento que mostra a criança sendo levada pela mãe, Manuela Xavier dos Santos, à força e a avó paterna tentando impedir que o menino fosse arrastado para dentro do carro.
Em entrevista para A Tribuna, o pai explica que tem a guarda provisória de urgência do menino junto com a avó paterna desde janeiro deste ano. Antes disso, a criança já morava com a mãe de Eduardo há cerca de três anos e a guarda foi concedida após Manuela querer levá-lo embora para Aracaju, em Sergipe.
Desde então, o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos. Conforme apurado por A Tribuna, até o momento quatro pessoas foram ouvidas durante as investigações.
Maxwell e Erivan estão entre essas pessoas e prestaram depoimento na terça-feira (7). A delegada que presidiu o inquérito, Natalia Santos Batista Marcelino, concluiu que ambos têm o conhecimento de que Manuela ia levar o filho de maneira ‘escusa e violenta’.
Quem fez o que
Conforme apurado por A Tribuna, Erivan é ex-cunhado da mulher e, na ação, tinha o dever de fornecer segurança para que ela conseguisse levar o filho, por isso combinou tudo com Maxwell. Ele, por sua vez, ficou com a tarefa de levar mãe e filho de carro para São Paulo.
Diante disso, a dupla foi indiciada pelos crimes de subtração de incapaz e cárcere privado. O caso segue sendo investigado sob sigilo, mas a Polícia Civil pede caso alguém tenha alguma informação sobre o paradeiro do menino, entre em contato pelo canal de Disque Denúncia, por meio do telefone 181.
