Prazo de Peres expira, e Jesualdo segue devendo à frente do Santos
Cartola pediu 6 partidas para que se analisasse o trabalho do técnico, e duelo com a Ferroviária foi 6º jogo do ano
A atuação ruim do Santos no empate por 0 a 0 com a Ferroviária, em Araraquara, no último domingo (16), pela sexta rodada do Campeonato Paulista, irritou boa parte da torcida, que voltou a reclamar do trabalho do técnico Jesualdo Ferreira. O jogo também marcou o fim do prazo dado pelo presidente José Carlos Peres para análises sobre a atuação do treinador.
Em 28 de janeiro, dia seguinte à vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, em Campinas, Peres defendeu Jesualdo estipulando prazo mínimo para qualquer avaliação.
“Não dá para analisar agora. Ele (Jesualdo) está conquistando a torcida. O time não jogou bem (contra o Guarani), mas é início de temporada. A gente só vai ter noção do trabalho daqui a três, quatro rodadas. Os jogadores também chegaram de férias agora. Ele é um treinador com experiência e está cadenciando o jogo”, disse à época o mandatário, acreditando que até a sexta partida do Estadual, disputada no último domingo (16), o Peixe estaria com um bom futebol.
As dificuldades iniciais que o Santos enfrenta em 2020 contrastam com o começo do trabalho de 2019, comandado por Jorge Sampaoli.
ATribuna.com.br fez um levantamento sobre o desempenho do time nas seis primeiras rodadas do Paulistão deste ano e do ano passado. Baseado nos números, o declínio é evidente.
No ano passado, o Peixe iniciou a competição diante de Ferroviária, São Bento, São Paulo, Bragantino, Ituano e Mirassol.
Nesses compromissos, a equipe, então comandada pelo treinador argentino, somou 15 pontos, vencendo cinco jogos e perdendo apenas uma vez, por 5 a 1 para o Ituano.
Ao todo, foram marcados 13 gols, com cinco sofridos e saldo de oito.
Na atual temporada, o Santos teve Red Bull Bragantino, Guarani, Inter de Limeira, Corinthians, Botafogo e Ferroviária pela frente. Sob a batuta do português, o time somou 11 pontos, com três vitórias, dois empates e uma derrota.
Até o momento foram seis gols marcados, três sofridos e saldo de três.
Chutes no gol
O contraste entre as duas campanhas também pode ser constado na busca pelo gol. Ainda de acordo com o levantamento feito pela Reportagem, em 2019 - considerando somente os chutes que foram na direção do gol - o Santos finalizou 36 vezes contra às metas adversárias.
Em 2020, esse número caiu para 21 finalizações. Ou seja, uma queda de 41%.
