Demissão de Jesualdo Ferreira e sua comissão deve custar R$ 7,3 milhões ao Santos
Treinador português deixa o clube com direitos de imagem e salários atrasados
Atualizado em 06/08/20 - 00:37
A passagem do técnico Jesualdo Ferreira pelo Santos chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (5). Antes da terceira atividade com vistas à estreia no Campeonato Brasileiro, domingo (9), na Vila Belmiro, contra o Red Bull Bragantino, o treinador e seus auxiliares foram informados da demissão. A partir de agora, o clube terá que se acertar financeiramente com o ex-comandante e os demais membros da comissão.
Além de Jesualdo, deixaram o Santos os auxiliares Rui Águas, António Oliveira, Daniel Gonçalves, o preparador físico José Pedro Pinto e o analista de desempenho Pedro Bouças.
De acordo com as informações obtidas por ATribuna.com.br, o Peixe terá que negociar o pagamento de aproximadamente R$ 7,3 milhões aos seis portugueses. Esses valores são referentes aos vencimentos atrasados e à multa rescisória.
Ainda de acordo com o apurado pela Reportagem, Jesualdo, além de ter direitos de imagem para receber e ter sofrido com a redução salarial de 70% nos meses de abril, maio e junho, não viu entrar em sua conta alguns pagamentos de salário.
A dívida com o treinador, considerando a multa rescisória, é de pouco mais de R$ 5,5 milhões. A pendência com os auxiliares, ao todo, é de aproximadamente R$ 1,8 milhão.
Os representantes jurídicos dos portugueses vão discutir com a cúpula alvinegra a forma e o prazo de pagamento.
Profissional
Em meio meio aos problemas financeiros pelos quais passa o Santos, como os processos na Justiça movidos pelo goleiro Everson e pelo atacante Eduardo Sasha, que reclamam de falta de pagamento, Jesualdo avisou a direção santista que não queria tratar dos seus vencimentos pendentes para não trazer ainda mais problemas para o clube.
Além das questões financeiras, Jesualdo soube do falecimento da sua irmã em Portugal, após um incêndio, e permaneceu no Brasil à disposição do time para reuniões por meio de videoconferência mesmo durante a pandemia do coronavírus e sendo do grupo de risco, devido aos seus 74 anos.
