À espera do adversário, Carille analisa formação do Santos para final paulista
Garantido na decisão após oito anos, Peixe aguarda Palmeiras ou Novorizontino
Enquanto assiste de camarote ao jogo desta quinta (28), entre Palmeiras e Novorizontino, às 21h35, no Allianz Parque, que definirá o adversário na final do Paulistão, o técnico Fábio Carille começa a pensar no time do Santos que mandará a campo no primeiro jogo da decisão. A primeira partida será neste domingo (31) de Páscoa, ainda sem mando definido.
Caso o Palmeiras avance à final, o Santos terá o mando do primeiro dos dois jogos da decisão, ficando o Alviverde com o direito de decidir em casa, por ter melhor campanha ao longo do campeonato.
Mas se o outro finalista for o Novorizontino, o Peixe fará a primeira partida como visitante, decidindo a taça com o mando de jogo. Independente da sequência das partidas, o presidente Marcelo Teixeira manifestou o desejo de mandar o duelo na Capital. A definição acontecerá nesta sexta (29), em Conselho Técnico na Federação Paulista de Futebol.
Mudança na lateral
Uma mudança no time certamente acontecerá na lateral direita, já que Hayner foi expulso no segundo tempo da partida contra o Red Bull Bragantino, que garantiu a classificação do Peixe após a vitória por 3 a 1.
Aderlan, titular da posição, não atuou por sentir um incômodo no músculo posterior da coxa esquerda, mas talvez tenha condição de jogo para atuar no domingo. Apesar de ter o titular praticamente recuperado, Carille pode optar por uma escolha caseira.
“Aderlan já voltou para o campo. Na segunda (feira) acompanhei o trabalho dele, trabalho forte. Estou muito satisfeito com o Chermont, vamos ver quem vai jogar. Apesar de ser uma final, posso ir com um jogador mais jovem. Se for isso, vamos dar todo o apoio para ele”, comentou Carille, que não descartou a possibilidade de escalar o jovem lateral da base santista, de 18 anos.
O treinador também voltará a contar com o meia-atacante Otero, expulso nas quartas de final contra a Portuguesa. Julgado, o venezuelano foi absolvido e como já cumpriu suspensão diante do Bragantino, ficará à disposição para as finais.
“O Otero é um cara que busca gol, que chuta, que tem uma bola parada boa. Temos o Otero voltando, é mais uma opção que temos para as decisões”.
O fator Giuliano
Após retornar contra a Lusa, depois de quase dois meses fora da equipe, o meia Giuliano foi titular contra o Red Bull e teve boa atuação, marcando o terceiro gol no triunfo santista. E mereceu elogios do comandante.
“Giuliano dispensa comentários sobre a qualidade técnica. Já foi o melhor jogador sul-americano pelo Inter, carreira bonita, enfrentei muito na Arábia. Em 2018/2019 foi o grande nome do Al-Nassr. Sabe fazer gol, tocar na bola, perdemos por um período, mas está voltando”.
Criticado pelas fracas atuações, Pedrinho foi um dos destaques na partida contra o Red Bull, dando duas assistências fundamentais para a classificação santista, e também teve o desempenho celebrado pelo técnico.
“Acompanho o Pedrinho há um bom tempo, tem o um contra um, estamos trabalhando muito a questão de marcação dele. O que esperamos dele é isso. Ele tem a preferência de jogar pela esquerda, mas o Guilherme está aí. Estou feliz com ele, que bom que cresceu em um momento feliz”.
“Vão ter que suar muito”
Carille valorizou os outros finalistas do Paulistão e destacou que o Santos, apesar de ter um time formado por vários jogadores experientes, é o elenco mais novo entre os quatro que chegaram mais longe no campeonato.
“Chegamos em uma semifinal sendo o elenco mais novo, em termos de formação. O Novorizontino, por um ponto, quase subiu para a Série A, o Red Bull jogou pré-Libertadores e o Palmeiras ganha tudo nos últimos anos. Vamos ter que brigar muito para suprir isso e incomodar os adversários, mas para ganhar de nós, vão ter que suar muito, a gente chega muito confiante para a final”.
