Sobe para 25 o número de mortos em deslizamentos na Baixada Santista; 24 seguem desaparecidos

Defesa Civil do Estado e Corpo de Bombeiros seguem realizando busca por sobreviventes em morros da região

Por: Por ATribuna.com.br  -  04/03/20  -  11:23
Atualizado em 04/03/20 - 11:25
Equipes da Defesa Civil de São Vicente e dos Bombeiros buscam por casal desaparecido
Equipes da Defesa Civil de São Vicente e dos Bombeiros buscam por casal desaparecido   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

A Defesa Civil do Estado de São Paulo e o Corpo de Bombeiros confirmaram novas mortes em razão dos deslizamentos em morros da Baixada Santista. A vítima é do Morro do Tetéu, em Santos. No total, são 20 óbitos em Guarujá, três em Santos e duas em São Vicente. Outras 24 pessoas estão desaparecidas. O número de desabrigados é 118 no Guarujá, 3 em São Vicente e 150 em Santos. 


Dados do Núcleo de Gerenciamento de Emergência da Defesa Civil do Estado indicam que, até as 4h da manhã desta terça (3), o acumulado nas últimas 12 horas de chuvas em Guarujá foi de 282 mm, em Santos de 218 mm, em Praia Grande 170 mm, São Vicente 169 mm, Mongaguá 160 mm, Cubatão 132 mm e tanto Itanhaém como Bertioga o acumulado foi de 110 mm.


Já foram disponibilizadas 15,6 toneladas de materiais de ajuda humanitária (colchões, cobertores, cestas básicas, água sanitária e água potável) aos municípios afetados. Tais materiais permanecerão armazenados no depósito do Fundo Social de Santos e serão distribuídos mediante solicitação das defesas civis municipais.


O Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, Coronel PM Walter Nyakas Junior, permanece na região, em reuniões com o Gabinete de Crise, avaliando as necessidades e a atuação das equipes de salvamento.


Ao longo desta quarta-feira (4), mesmo a frente fria já estando bem afastada do Estado de São Paulo, um sistema de baixa pressão no oceano lançará umidade em direção ao continente que, somada com a umidade da Amazônia, provocará chuva fraca até moderada em pontos isolados da Baixada Santista.


Essa precipitação será em forma de pancadas com momentos mais persistentes, que elevarão ainda mais os acumulados de chuva na região. Por conta do solo já estar completamente encharcado, o risco de transtornos continua elevado.


Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um fenômeno meteorológico que puxou a umidade das nuvens na terça-feira, concentrando um volume grande de chuva na região. O nome é vórtice ciclônico na média troposfera. Com isso, em 12 horas, choveu mais do que o esperado para todo o mês de março na Baixada. 


Logo A Tribuna
Newsletter