Ameaça de massacre em escola na Vila Belmiro, em Santos, assusta estudantes e pais

Aviso sobre ataque foi compartilhado em um grupo com alunos da escola junto com ofensas racistas

Por: ATribuna.com.br  -  16/08/22  -  15:34
Atualizado em 17/08/22 - 18:58
Mensagens foram enviadas por um número desconhecido com origem da Tailândia e nome de uma mulher
Mensagens foram enviadas por um número desconhecido com origem da Tailândia e nome de uma mulher   Foto: Reprodução

Mensagens enviadas em um grupo de WhatsApp ameaçavam um massacre em uma escola estadual de Santos nesta terça-feira (16). O 'aviso' assustou pais e alunos da Escola Estadual Primo Ferreira, que seria alvo do ataque, e também aa comunidade no entorno, na Vila Belmiro.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


O pai de uma das estudantes da escola ameaçada - que prefere não se identificar - entrou em contato com A Tribuna para relatar o caso. Além da menina de 15 anos, ele tem mais dois filhos, que estudam em escolas próximas - a Escola Municipal Emília Maria Reis e a a Escola Estadual Azevedo Júnior. Com receio do ataque, nenhum deles foi para aula nesta terça.


"Não nos sentimos seguros até com outros filhos que estudam nas escolas ao lado [...] Ficamos com receio agora de levar até em outros dias, porque na nossa cabeça isso pode acontecer sem ter nenhum comunicado", afirma.


Um print do grupo nomeado de 'Massacre dia 16' mostra que as mensagens foram enviadas por um número desconhecido com origem da Tailândia e nome de uma mulher. Além da ameaça, dezenas de ofensas racistas foram feitas, o nome do nazista Adolf Hitler foi saudado e uma menção à reeleição de do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi enviada. "Estejam preparados para serem baleados", dizia uma das mensagens.


Segundo o pai que procurou a Reportagem, rumores de massacre já tinham corrido pela escola antes das férias escolares. No entanto, ele explica que desta vez a ameaça chegou até a diretora da unidade, que se manifestou em um grupo com os pais dos alunos dizendo que pediu reforço do policiamento e registrou um boletim de ocorrência.


Ainda na mensagem, ela garantiu que acionou a Secretaria Estadual de Educação e a escola estaria aberta, mas entenderia o receio de alguns pais e a escola não registraria falta para os alunos que optarem por não comparecer às aulas nesta terça.


Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que "as equipes do programa Conviva SP e do Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar (Gispec) acompanham o caso e prestam apoio à comunidade escolar" e ressaltou que "repudia toda e qualquer forma de incitação à violência dentro ou fora das escolas".


Além disso, a pasta informou que Diretoria de Ensino de Santos e a escola seguem à disposição da comunidade escolar e das autoridades para mais esclarecimentos.


Enquanto isso, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Educação afirmou que a direção da UME Emília Maria Reis "não recebeu nenhum relato de alunos sobre a suposta ameaça relacionada à Escola Estadual Primo Ferreira, que está sendo acompanhada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo".


Além disso, a Seduc informou que aulas na UME Emília Maria Reis acontecem normalmente. "A Prefeitura de Santos repudia qualquer forma de incitação à violência, dentro ou fora das escolas, e também o compartilhamento de fake news", diz o comunicado.


Reincidência

Em menos de uma semana, este é a segunda ameaça em unidade escolar. Na última quarta-feira (10), a Escola Estadual Olga Cury, no bairro Aparecida, recebeu um aviso sobre uma "chacina". Na ocasião, a ameaça foi escrita dentro de uma parede do complexo escolar. Relembre o caso.


Logo A Tribuna
Newsletter