Entenda o que motiva a greve que paralisa serviços na Baixada Santista

Entre as reivindicações, os manifestantes são contra os cortes educacionais e a reforma da Previdência

Por: De A Tribuna On-line  -  14/06/19  -  08:12
Manifestação reúne sindicatos, estudantes e trabalhadores nesta sexta-feira (14)
Manifestação reúne sindicatos, estudantes e trabalhadores nesta sexta-feira (14)   Foto: Gustavo Garcez/G1 Santos

Trabalhadores de diversas categorias, estudantes e manifestantes se uniram e foram às ruas protestar contra medidas tomadas pelo atual governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em Santos, a greve geral paralisou a entrada da cidade na manhã desta sexta-feira (14) e suspendeu atividades bancárias, educacionais e outros serviços.


Entres os principais motivos para a adesão à greve por 34 sindicatos, estão as propostas que vêm sendo discutidas em Brasília pelo Governo Federal, como a reforma da Previdência, alterações na aposentadoria e cortes na educação, além do atual índice de desemprego e a conduta do ministro da Justiça, Sérgio Moro.


A reforma da Previdência pode vir a alterar pontos importantes para trabalhadores e empresas, como o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, a obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, entre outros. As mudanças também podem aumentar o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20, e extinguir o cálculo para atingir o benefício baseado nos 80% dos maiores salários.


A manifestação também é contra o contingenciamento de verbas da educação, medida que já motivou um protesto que reuniu estudantes e profissionais da educação em dois atos unificados em Santos. A suspensão de gastos foi anunciada no fim de abril pelo Ministério da Educação (MEC), e afetaria 63 universidades e 38 institutos federais de ensino. O corte seria aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, serviços terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas.


Região


Na Baixada Santista, a paralisação reúne 34 sindicatos, estudantes, profissionais da educação e demais categorias.


Antes da manifestação, alguns sindicatos já haviam confirmado participação na greve, entre eles o Sindicato dos Servidores Estatuários Municipais de Santos (Sindest), o Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro) e Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia (Sindaport).


Na área da educação, estudantes da Unifesp BS aprovaram a adesão à greve. Servidores de Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá, servidores federais da educação e professores da rede municipal de Cubatão também confirmaram participação nas manifestações.


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