Movido a desafios, o santista Moussawer lança disco no Sesc

Baixista divulga o álbum 'Groove de Câmara', acompanhado de vários músicos técnicos

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  30/05/19  -  12:28
  Foto: Divulgação

Desde que surgiu como baixista da banda de hard rock Mr Green, nos anos 1980, Zuzo Moussawer sempre foi reverenciado pelo público santista. Estudioso, o músico ampliouo seu leque de influências ao longo dos anos até chegar ao seu mais recente álbum solo, 'Groove de Câmara'. Nele, promove a interação de ritmos brasileiros como samba, afoxé, maracatu e baião com o funk, soul, blues, country e até musica árabe.


Nesta quinta (30), a partir das 21h, na Comedoria do Sesc Santos, o público poderá conferir de perto essa evolução sonora de Moussawer. No palco, ele terá a companhia de outros músicos talentosos como Luiz Amato (violino), Rodolfo Lota (violino), Elisa Monteiro (viola) e Sergio de Freitas (violoncelo), Mauro Hector (guitarra) e André Carneiro (bateria).


“O 'Groove de Câmara' comecei a compor em 2016, mas parei para fazer o DVD em casa. Depois, voltei com esse projeto. Fiz todo quarteto de cordas, depois o baixo”, comenta o santista, que aprendeu a escrever para orquestra na Berklee College of Music, em Boston (EUA).


O multi-instrumentista revela que o objetivo do trabalho é usar a linguagem brasileira dentro de um universo jazzístico. “Groove e baixo estão totalmente ligados. Queria explorar o universo do contrabaixo dentro da câmara”.


Apesar de sua técnica no baixo ser algo que está muito acima da média, Moussawer conta que o instrumento foi o que teve menos critérios técnicos. A parte mais complicada do 'Groove de Câmara' ficou nos outros instrumentos de cordas, todos desenvolvidos por ele.


“Fiz as partituras, passei para os músicos, gravamos, mas agora é a primeira vez que vamos colocar esses desafios em um show”.


Para o artista, um dos desafios era entregar um registro denso, carregado, trabalhoso na parte de orquestra. “Acabei partindo para opção do quarteto de cordas, por ser mais viável. Seria mais fácil para entrar na onda.Trabalhar música brasileira nas cordas é muito complicado. Eles estão acostumados com a música erudita, mas todos se saíram bem”.


E desafio parece ser um mantra para o músico. Ele não pensa em se acomodar jamais em uma fórmula. “O cara quando faz sucesso tende a seguir explorando aquilo que deu certo. Mas eu sigo na contramão disso. Prefiro o desafio. O meu primeiro disco é rock, depois fui para o jazz, música brasileira. Na sequência foi bateria e baixo. É o que move a minha vontade de tocar”.


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