Após 40 anos, Daryl Hall & John Oates debutam no Brasil

Dupla campeã de vendas no mundo pop toca em São Paulo dia 11

Por: Lucas Krempel & Caíque Stiva & Da Redação &  -  30/05/19  -  13:18
  Foto: Mick Rock / Divulgação

Entre os anos 1970 e 1990, o duo norte-americano Daryl Hall & John Oates alcançou marcas impressionantes. Vendeu milhões de cópias dos seus discos, emplacou seis hits no topo das paradas, participou da trilha sonora de diversos filmes clássicos da Sessão da Tarde, além de ser considerado pela R.I.A.A. (Recording Industry Association of America) o duo que mais vendeu álbuns na história da música pop.


Mesmo com todas essas credenciais, lotando shows até hoje nos Estados Unidos, a dupla jamais veio ao Brasil. A espera, no entanto, acaba no dia 11 de junho. Os artistas se apresentam no Espaço das Américas, em São Paulo. Serão 40 anos de sucessos espalhados ao longo do show. É a única data no Brasil.


Oates, que conversou com A Tribuna via telefone, afirma que só veio à América do Sul uma única vez, no fim dos anos 1980, quando foi esquiar em Las Leñas, na Argentina. Apesar de nunca ter visitado o Brasil, o músico fala com carinho sobre um dos nossos maiores músicos.


“Sempre escutei música brasileira. Sempre gostei dos ritmos. Gosto muito de bossa nova e sou fã de Gilberto Gil. Particularmente, gosto de tocar bossa nova e acho que ele (Gil) é um dos gênios do estilo”, diz Oates.



Autores de sucessos como 'Rich Girl', 'Kiss on My List', 'Private Eyes', 'Maneater' e 'Out of Touch', Hall e Oates se conhecem desde o Ensino Médio. E o tempo de convivência juntos nunca foi um obstáculo para a carreira dos dois.


“Quando você conhece uma pessoa há tanto tempo, ela acaba virando mais um membro da sua família. Nós dois entendemos e conhecemos um ao outro, ao ponto de saber que cada um tem sua individualidade e isso deve ser respeitado. Mas, ao mesmo tempo, nós temos uma grande conexão e um grande legado”.


De acordo com Oates, os dois souberam curtir os bons momentos, se orgulham do legado, mas também tiveram consciência do momento de se afastarem. “Ao longo dos anos, nós também soubemos a hora de nos separar, fazer projetos solo e viver nossas vidas separadamente. Isso foi muito importante”, comenta ele. “É bem mais fácil que um casamento”, completa, aos risos.


Com crédito de trilhas sonoras em 74 filmes e séries, incluindo 'Minha Vida é um Desastre', 'The Office', 'Young Sheldon', 'Te Amarei Até te Matar' e 'O Âncora', Oates afirma que existem apenas dois segredos para fazer hits: “trabalhar duro e se manter inspirado”.


“Nós costumamos manter nossa mente bem aberta para todos os estilos musicais. Costumamos ouvir de tudo, porque nos mantemos muito interessados musicalmente. A gente gosta de procurar cada vez mais novidades e novas habilidades na música”.


Para Oates, o momento é muito bom para hitmakers. Um deles, no entanto, chama mais a atenção. “Gosto muito do Bruno Mars, muito mesmo. Ele faz música como nós fazíamos antigamente, mas de forma mais moderna”.


Com tantas lembranças marcantes, Oates considera três momentos mais fortes. “Quando abrimos o show para o David Bowie na primeira vez dele nos EUA. Gosto muito de lembrar de quando tocamos com Stevie Wonder. E teve a nossa participação com o Mick Jagger no Live Aid”.


Ciente da influência que tem sobre novos artistas, o hitmaker, hoje com 71 anos, diz que está sempre escrevendo. No momento, está trabalhando com nomes de Nashville, nos Estados Unidos.


“Nunca conheci o pessoal do The Killers, mas gosto deles. Ouvi dizer que eles são fãs e que se inspiraram na gente. Fico muito feliz em saber que fizemos parte dessa geração como influências”.


Sobre o repertório que apresentará em São Paulo, o americano garante que os principais hits estarão presentes. “Também tocaremos algumas canções que nem todo mundo conhece de cada álbum. Temos muitos hits, mas vamos tentar colocar faixas surpresas no set”.


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