Webséries, novo formato para produções, está ao alcance de todos

Um celular na mão e uma rede de wi-fi já garantem o acesso a histórias feitas especialmente para a internet

Por: Bruna Faro & Da Redação &  -  28/05/19  -  12:38
  Foto: Divulgação

Assistir a séries e filmes a qualquer momento virou algo simples. Basta um celular e rede wi-fi. A internet trouxe em seu conteúdo praticidade e uma nova forma de entretenimento. O YouTube, por exemplo, apareceu com vídeos que poderiam ser escolhidos a dedo, enquanto a Netflix surgiu para competir com a tevê.


“A internet está na vida de todos nós e com isso chegou a necessidade de obter informações e consumir conteúdo rápido. A Netflix mesmo, em suas últimas produções, está testando a narrativa de websérie. Produzindo com poucos episódios, que não passam de 15 minutos”, afirma o cineasta santista Richard Ferreira.


As webséries fazem parte dessa nova proposta, muito usada por amantes da sétima arte que querem colocar em prática suas ideias e divulgar seus trabalhos de forma mais acessível. Richard entrou de cabeça nesse formato. É criador do canal do YouTube 'WebSeriando' e diretor e roteirista de séries on-line, como a produção de terror 'Facada'. “'Facada' surgiu como um trabalho de faculdade, que acabou não sendo utilizado. Então eu tinha uma temporada inteira produzida, guardada. Foi quando surgiu a ideia de criar um canal no YouTube e produzir esse tipo de conteúdo pra internet”.


Ambos projetos foram criados em 2016 e continuam em desenvolvimento. “Esse ano, lançamos a primeira temporada reeditada com a nova identidade visual, como um preparativo para a segunda temporada”. Com o lançamento da parte 2, prevista para 17 de setembro, Richard acredita que trabalhar com esse formato tem seu lado positivo, como a liberdade durante a produção.


A atriz e cineasta Paula Batalha, que também participou do 'Facada', concorda com Richard. “Graças às leis de fomento à cultura e ao audiovisual, várias produções para a internet conseguem ser viabilizadas e, muitas vezes, a contratação de equipe é feita através da internet, ou seja, tanto produtores quanto contratados têm mais opções de trabalho”.


Paula também já produziu e escreveu uma websérie chamada Eu e os Caras, que não chegou a ser exibida, mas ela pretende continuar produzindo.


Esse boom de modernidade dominou as mídias, que estão migrando para a internet. Canais e empresas estão criando seu serviço de streaming para se adaptar aos novos tempos. De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE, 1,5 milhão de brasileiros desistiram de assinar TV a cabo, enquanto 81,8% navegam para ver séries e filmes.


“A internet já se tornou um dos principais meios de comunicação. Conquistar o nosso espaço ali é muito importante para nós, atores e produtores. Sabemos que isso ajuda a aumentar a visibilidade de quem está começando e também dá a chance do público conhecer produções independentes”, declara Luanna Tavares, designer instrucional e atriz nas horas vagas, que teve sua primeira experiência de gravação em 'Facada'. Atriz de teatro desde os 8 anos, ela também acredita que a liberdade seja um dos fatores positivos dos conteúdos on-line.


Para Raquel Pellegrini, coordenadora do curso de Cinema do Unimonte - São Judas, é importante destacar as mudanças nesse mercado. Ela conta que, dependendo do ano, a universidade produz cerca de 20 webseriados.


“A gente vê isso tomando um espaço dentro da vida das pessoas e fazendo verdadeiras comoções. O mundo parou pra ver o episódio final de 'Game Of Thrones'. A narrativa de seriado existe há anos, mas com a internet começou a se popularizar. E agora com a possibilidade dos vídeos on demand, virou uma febre”.


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