Vedetes estrelam filme de Neyde Veneziano

Santista lança seu primeiro documentário na despedida do Curta Santos

Por: Egle Cisterna & Da Redação &  -  06/10/19  -  17:55
Esther Tarcitano é uma das vedetes que participam do média-metragem, exibido neste domingo (6)
Esther Tarcitano é uma das vedetes que participam do média-metragem, exibido neste domingo (6)   Foto: Reprodução

As grandes vedetes do teatro, que inspiraram gerações no século passado, serão a despedida da 17ª edição do Curta Santos - Festival de Cinema de Santos, no documentário inédito “Mamãe, quero ser vedete”, da diretora santista Neyde Veneziano. 


Essa é a estreia dela, referência no teatro, nas artes cinematográficas. “Faz mais de 15 anos que eu pesquiso o teatro de revista e o meu quarto livro, lançado em 2010, pela Imprensa Oficial, é “As Grandes Vedetes do Brasil”, que se esgotou rapidamente”, conta. 


A publicação chegou a concorrer ao Prêmio Jabuti. “Como não iam reeditar o livro e iria ficar muito caro para fazer em outra editora, pensamos em fazer um documentário”, lembra a diretora geral do filme. 


A direção de fotografia ficou sob responsabilidade de Rodrigo Veneziano, filho de Neyde, e o projeto também teve coprodução da Lokomotiv Studio, de Campinas. 


Em 50 minutos, o espectador pode conferir depoimentos de várias vedetes, como Virginia Lane, Marly Marley, Esther Tarcitano, Eloína, Iris Bruzzi e Carmem Verônica. Entre os entrevistados do média-metragem, estão ainda a atriz Claudia Raia e o autor Silvio de Abreu, que tiveram fortes influências do teatro de revista em seu trabalho. 


Em meio a lembranças de plumas e paetês, as artistas que representaram o ideal de beleza e liberdade da mulher brasileira em sua época revelam um pouco do glamour, costumes e até preconceitos vividos para exercer a profissão. “O que eu queria era rebolar a bunda. O que eu queria era carnaval. O que eu queria era o Teatro Recreio. O que eu queria era a Praça Tiradentes”, revela no filme a ex-vedete Virgínia Lane, falecida em 2014, aos 93 anos. 


“O público vai se envolvendo com as histórias delas, como quando Virginia diz que queria que cantassem Sassaricando quando ela morresse, o que aconteceu. Quando, ao fim, a plateia percebe que ela já morreu, eles se manifestam”, explica a diretora, que percebeu essas reações em exibições fechadas do filme. 


Apesar de estar pronto há quase três anos, Neyde aguardava a liberação de todos os direitos de imagem, o que ocorreu há pouco tempo. “Considero como um lançamento oficial essa exibição que acontece em Santos”, afirma. 


A apresentação do média-metragem acontece em três sessões gratuitas, às 16 horas, 18h30 e 21 horas, na Sala Rubens Ewald Filho, do Cine Arte Posto 4 (Av. Vicente de Carvalho s/nº, Gonzaga). 


Vencedores 


Olhar Brasilis 


O filme escolhido no voto popular foi “O Malabarista”, animação dirigida pelo goiano Iuri Moreno. A obra traz fragmentos do cotidiano e experiências de artistas de rua, que em meio à hostilidade das grandes cidades, buscam levar cores e sorrisos. 


Olhar Caiçara 


“Sou Pietra" foi o escolhido na regional. Dirigido por Eric P. Rizzini e Nicole Z. Caroti, o filme traz depoimentos que mostram a vida, luta, dificuldades e o preconceito enfrentados por Pietra Victória ao reconhecer sua transexualidade. 


Videoclipe Caiçara 


A votação no G1 Santos apontou “1989”, de Gabriel Lobo, como o vencedor do Videoclipe. Produção dirigida por Letícia Paulino recebeu 34,04% dos votos. 


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