Thilla, uma santista na nova série Spectros

Produtora conta em entrevista sobre sua estreia nos bastidores da Netflix

Por: Lucas Krempel & Da Redação &  -  29/02/20  -  13:35
Thilla Bonano está com dois projetos no forno: um reality show que será exibido em Israel e um longa
Thilla Bonano está com dois projetos no forno: um reality show que será exibido em Israel e um longa   Foto: Reprodução

Celeiro de profissionais de audiovisual, Santos tem mais uma representante brilhando na produção de séries. O nome da vez é Thilla Bonano Di Gregorio Bonfanti, de 33 anos, que trabalhou na produção de Spectros, série nacional que chegou ao Netflix na semana passada.


Formada em Rádio e TV pelo Unimonte (atual São Judas) e pós-graduada em Produção Executiva pela Faap, da Capital. Thilla trabalhou por muitos anos em emissoras de TV. Foi para a ficção recentemente.
“Para produção, os processos são mais longos. Nós iniciamos o trabalho bem antes das datas de filmagem, e ficamos mais tempo após o final delas. Fiz um longa antes do Spectros”. 


Antes de ser convidada para trabalhar em Spectros, Thilla estava trabalhando na produção do reality Que Seja Doce, da GNT. Não pensou duas vezes em aceitar o desafio.


As filmagens da série aconteceram entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019. Foram 12 semanas, com muitas externas noturnas pelas ruas do bairro da Liberdade, em São Paulo.
“Nesta série, trabalhei na produção de base, que é o setor da produção que dá a estrutura pra todas as filmagens ocorram dentro do cronograma. Todos os materiais que cada departamento precisam, planilhas de custos, viabilização de infraestrutura e transporte. Tudo isso fez parte do trabalho da produção de base”.


A santista revela que quando leu o roteiro pela primeira vez, “sentiu um medinho”. “Eu nunca fui muito de assistir suspense e terror, porque fico nervosa e de repente lá estava eu, madrugada adentro num set que era um cemitério”, relembra, aos risos.


Mas não foi a luta contra o “medo” que motivou Thilla a topar o desafio. Brincadeiras à parte, ela ficou impressionada pela fantasia do enredo, o inesperado. “É uma aventura e tanto o que esses adolescentes passam na primeira temporada! A ligação entre lendas japonesas e brasileiras, além da diversidade do bairro da Liberdade”.


Questionada se consegue vislumbrar uma sequência para os acontecimentos da primeira temporada, Thilla é direta: “Claro! Essa turma ainda tem muitas e muitas surpresas pela frente”.


Mercado aquecido


Para a produtora, a abertura do mercado com a chegada das plataformas de streaming ajudou bastante o desenvolvimento do setor.


“Aumentaram consideravelmente as possibilidades para produções nacionais. São séries e filmes que têm a nossa cara, nossas gírias. Mas, ao mesmo tempo, podem ser universais. Essas plataformas têm essa grande vantagem: as produções nacionais podem ser vistas em praticamente todos os lugares do mundo. O alcance é gigantesco”.


Thilla também cita o atual momento político do Brasil, que tem sufocado o setor de audiovisual. “Com as leis de incentivo à cultura sendo cada vez mais podadas pelo governo, não depender disso pra viabilizar alguns projetos é importantíssimo para a continuidade do audiovisual”.


Em junho, a santista tem a estreia do longa Predestinado – Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, no qual trabalhou na produção de base. Com filmagens em Minas Gerais, o filme tem como protagonistas Danton Mello e Juliana Paes.


Além disso, segue produzindo um reality show que vai ao ar em Israel. As gravações terão início em março.


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