De Série em Série: O Legado de Júpiter é aposta interessante para fãs de heróis

Série mistura aventuras das HQs com dramas familiares e temas sociais

Por: Bia Viana  -  15/05/21  -  11:52
Atualizado em 22/05/21 - 11:41
   O núcleo central fica na família de Utópico, identidade heróica de Sheldon Sampson
O núcleo central fica na família de Utópico, identidade heróica de Sheldon Sampson   Foto: Divulgação

O Legado de Júpiter, baseada nos quadrinhos de Mark Millar, é uma aposta interessante aos fãs de heróis. Figurinha marcada neste segmento, Millar roteirizou quadrinhos que foram base para filmes da Marvel, como Vingadores e Homem-Aranha (que ganha referências na série), além de lançar seus próprios personagens. Está entre os responsáveis por obras como Kick-Ass e Kingsman, preocupando-se na adaptação de heróis cada vez mais contemporâneos e erráticos em contraponto às narrativas de semi-deuses.


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Misturando referências do próprio universo HQ com piratas, monstros e dramas familiares, a série é um caldeirão de informações. Acompanhamos a história da União, um grupo lendário de heróis que está para “se aposentar” e prestes a passar o bastão às próximas gerações.


O núcleo central fica na família de Utópico, identidade heróica de Sheldon Sampson (Josh Duhamel), que vive com sua esposa Grace (Leslie Bibb), o irmão Walter (Ben Daniels) e os dois filhos, Chloe (Elena Kampouris) e Brandon (Andrew Horton). Enquanto os dois últimos são novatos em Hollywood, Josh e Leslie são mais conhecidos pelos seus papéis em comédias românticas dos anos 1990 e 2000, enquanto Ben Daniels, por sua vez, viveu Adam Galloway em House of Cards e Lord Snowdon em The Crown, atuação que lhe rendeu um prêmio SAG em 2020.


A trama


Liderados por Utópico, o grupo defende a Terra de ameaças alienígenas e crimes com base em um Código bem específico. Porém, um conflito envolvendo a nova geração quebra as regras, desencadeando uma onda de insatisfação e novas ideologias que contradizem as tradições. Nem todos os núcleos são bem desenvolvidos. Com várias pontas soltas, a história emenda muito assunto e personagens em poucos episódios, o que pode gerar confusão. Porém, isso não impede a série de ser um bom entretenimento, com elementos estéticos e dramáticos marcantes que lembram séries como Demolidor (cujo showrunner também está neste projeto, então é uma referência certa) e Gotham.


   O grupo defende a Terra de ameaças alienígenas e crimes
O grupo defende a Terra de ameaças alienígenas e crimes   Foto: Divulgação

Além da ficção, reflexões sobre a conduta violenta do homem, as desigualdades sociais e a constante dicotomia entre o bem e o mal, sempre presente nos filmes e séries de heróis, estão envolvidas.


Temos todos os elementos clássicos do gênero em nova roupagem; até os grandes traumas do passado, envolvidos em flashbacks (algumas vezes mais interessantes que a linha do tempo atual), aparecem motivando mais aventuras e descobertas.


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