'Mureta: Exibição de Arte Urbana' ganha vida

Parede de um restaurante da Ponta da Praia foi a primeira a receber a arte de Giovani, Pedro e Igor

Por: Isabela dos Santos & Colaboradora &  -  23/10/19  -  13:12
  Foto: Irandy Ribas / AT

De que adianta fazer arte na Capital, em países da Europa, mas não no lugar de onde veio? Foi com esse pensamento que os artistas Pedro Corrales, Igor Grellet, ambos de 26 anos, e Giovani Monteiro dos Santos, 27, idealizaram o projeto 'Mureta: Exibição de Arte Urbana', em Santos.


Eles têm auxílio do artista plástico Bernardo Virtuoso, 35 anos, que ajuda na captação de recursos e na curadoria da exposição, que acontecerá posteriormente.


A iniciativa consiste em pintar locais públicos, residenciais e comerciais de Santos em duas semanas. Tudo isso para incentivar a arte urbana no Município.


“Nós que vivemos da arte recorremos muito à Capital. Mas sou de Santos e evitava pintar aqui. Meu olhar mudou depois que pintamos em Paris, Londres e Amsterdã. Percebemos que nós fazemos acontecer”, explica Igor.


Após apostarem na ideia, eles foram atrás de patrocínio para custear os materiais. E, para a surpresa dos artistas, tiveram apoio para realizar não dez, como era previsto, mas 13 painéis.


A fachada de um restaurante japonês na Ponta da Praia foi o primeiro local a ganhar vida, na última segunda (21).


Cada arte conversa com a paisagem local. O ponto em comum é que remeta a algum aspecto de Santos. “Apostamos em spray, rolo de tinta, stêncil, pincel e lambe-lambe”, diz Giovani.


Um pontapé para arte


O projeto 'Mureta' terá continuidade mesmo após concluídos os murais. Do dia 7 a 11 de novembro, os santistas poderão contemplar na Casa Cinza (Rua da Paz, 51, Boqueirão) uma exposição com os desenhos.


"A maioria dos desenhos pintados são fragmentos daqueles que estarão expostos na Casa Cinza", comenta Bernardo.


Depois disso, a ideia é inaugurar uma galeria aberta no Embaré. “Queremos utilizar o conceito street canvas, que são telas mais rústicas e grandes. A ideia é que o projeto não acabe. Queremos que seja um pontapé para valorizar a arte urbana em Santos. Uma tentativa de unir artistas, fazer oficinas, criar espaços para a arte”, adianta Pedro Corrales.


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