'Leia São Vicente' espalhará garrafas com mensagens literárias por árvores vicentinas

Seleção das poesias foi feita por alunos de 65 escolas do Ensino Fundamental

Por: Bruna Faro & Da Redação &  -  24/04/19  -  12:32
  Foto: Divulgação

A arte e a literatura, ao se juntarem, ajudam a transformar o ponto de vista de crianças e adolescentes sobre a leitura. Em sua terceira edição, o Movimento Leia São Vicente é um dos eventos que promove essa junção artística, divertindo e ensinando.


Na próxima sexta-feira (26), o Movimento irá reunir 65 escolas (45 do Ensino Fundamental I e 20 do Fundamental II), para fazer uma intervenção poética na cidade, das 6h às 23h. Na atividade, cerca de 3 mil alunos vão pendurar em torno de 700 garrafas plásticas com mensagens literárias pelos quatro cantos de São Vicente.


Os alunos vão colocar uma poesia ou frase dentro das garrafas, cobri-las com jornal e pendurá-las nas árvores. Com o recado “Esse presente de leitura é seu, pegue a garrafa, abra e veja sua surpresa literária”, a peça artística tem o objetivo de encantar quem pegá-la.


Os assessores pedagógicos Gerson Cordeiro e Ricielle Marques contam que a ideia do Movimento surgiu da diretora de Departamento, Denise Barbosa. “Ela pensou nessa questão da leitura e em como poderíamos movimentar a sociedade com ações que partissem das escolas”.


São três ações pedagógicas ao ano que misturam a leitura com a prática. “Não é só sobre a leitura escrita como também a visual. O teatro, a música, dança, todas as formas de leitura de mundo”, explica Cordeiro.


Uma das grandes questões para criar os projetos é como a arte pode contribuir para que a leitura não fique só na Língua Portuguesa ou em História. Para decidir quais serão as ações que vão envolver arte e literatura, Gerson e Ricielle se juntam com os professores e dão liberdade para que eles criem a atividade que acharem melhor para os seus alunos.


Em 2019, o Movimento Leia São Vicente está baseando suas ideias no tema projeto de vida. “Ou seja, como os alunos se veem em dez anos”, explica Gerson. A intenção é que a escola rompa os paradigmas de ser um ambiente fechado. “Nós queremos que a comunidade faça parte do cotidiano deles e que nossos alunos saiam preparados para o mercado de trabalho”.


Além da preocupação com a preparação dos estudantes para o mundo adulto, os assessores enfatizam que idealizam as atividades práticas para incentivar a leitura. “A leitura é como a arte. É uma doutrina que transpassa por todas as outras. Para mim, ler é o ar que a gente respira”, acredita Cordeiro, ao lembrar que nesta semana é comemorado o Dia Mundial do Livro, “uma data que deveria ser celebrada diariamente”.


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