Do tubo ao led, a TV brasileira se reinventou e acompanhou a evolução do mundo digital

Atualmente, em tempos de pandemia, a TV ganhou novo significado na casa das pessoas e novelas de sucesso voltaram a conquistar o público em reprises no horário nobre

Por: Egle Cisterna & Da Redação &  -  27/09/20  -  12:10
  Foto: Reprodução/Pixabay

Nestas sete décadas da TV brasileira, comemorados no dia 18, os últimos 20 anos foram de uma transformação tecnológica surpreendente. Se antes, os grandes televisores de tubo ocupavam grande espaço na sala e exibiam uma imagem com algumas interferências, a partir dos anos 2000 a TV digital deu os primeiros passos e hoje as telas finíssimas, que lembram um quadro afixado na parede, apresentam a alta definição para o telespectador.


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Do tubo ao led, o avanço tecnológico, que deu um salto com a criação do videotape e a transmissão em cores, permitiu não apenas que o público recebesse imagens mais nítidas, mas também impulsionou as coberturas jornalísticas, dando mais agilidade ao noticiário, que passou a chegar a todos no momento que o fato estava acontecendo, o famoso Ao Vivo.

Prova disso é que, passados quase 20 anos, muitos ainda se lembram de ter acompanhado, em tempo real, o ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, pela TV, no fatídico 11 de setembro de 2001.

Dando uma espiadinha


Uma das marcas deste período na programação nacional foi o surgimento dos famosos realities shows, como o Big Brother Brasil (BBB), que está no ar desde 2002. Mas o precursor do formato foi No Limite, um programa com provas de sobrevivência apresentado por Zeca Camargo, que teve quatro temporadas e foi lider de audiência.

Nesse tipo de programa, em que o público espia os competidores na vida real pela telinha, boa parte das emissoras seguiu o exemplo. Com isso, surgiram na TV aberta programas como A Casa dos Artistas, Troca de Esposas e, mais recentemente, A Fazenda, Master Chef Brasil e Mestre do Sabor.

Novo Caminho


Atualmente, em tempos de pandemia, a TV ganhou novo significado na casa das pessoas e novelas de sucesso voltaram a conquistar o público em reprises no horário nobre. “Novela é fundamental na vida no brasileiro, ele gosta. E ver o que passou antes leva as pessoas a fazerem comparações com o que é produzido atualmente”, avalia o blogueiro santista Eduardo Conceição, de 36 anos, que há quase quatro mantém o canal Memória Teledramatúrgica no Youtube. A história da teledramaturgia desperta tanto o interesse do público que ele tem mais de 7 mil inscritos em seu canal e outros 178 mil seguidores no Instagram, que também é voltado ao tema.

Além de acompanhar as reprises, Eduardo lembra que assistiu recentemente, pela primeira vez, às novelas Brega & Chique e Sassaricando, no canal de TV por assinatura Viva. “Percebo que a forma de se contar a história mudou muito nestes anos. Hoje, ela tem que ser mais curta e mais ágil. O público também não tem muita paciência de assistir novela em um determinado horário. Por isso até que muitos assinam, por exemplo, (os serviços de streaming), como o Globoplay e o Netflix, para verem quando quiserem”, aponta ele como sendo esse o caminho natural da televisão brasileira para os próximos anos.



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