Monja Coen reflete sobre olhar atento ao ‘eu interior’ para curas sociais e espirituais; VÍDEO

Referência do zen-budismo fala sobre o lançamento de 'Tempo de Cura' e o impacto da pandemia na vida das pessoas

Por: Jordana Langella  -  26/05/21  -  15:58
          Monja Coen fala sobre novo livro 'Tempo de Cura'
Monja Coen fala sobre novo livro 'Tempo de Cura'   Foto: Reprodução: Tomas Arthuzzi

O livro 'Tempo de Cura' da Monja Coen - um dos principais nomes do zen-budismo no Brasil - reflete sobre a importância do exercício diário de introspecção não só para o bem estar interior, mas também para a melhora de questões políticas, sociais, espirituais e ambientais.


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Em entrevista exclusiva para ATribuna.com.br, ela fala sobre as questões que permeiam a obra, traz dicas sobre como controlar os pensamentos e fala sobre a importância da meditação. Confira os detalhes na videorreportagem acima.


Segundo Coen, o coronavírus e sua indiferença com classe, idade e status social evidenciou como ações individuais têm interferência não só na sociedade, mas também no planeta. “A covid-19 nos fez perceber que somos um só, um só corpo com tudo o que existe no planeta. Esse é o tempo de fazer as mudanças, do egoísmo, do pensamento pequeno, do ‘eu’ em primeiro lugar, e trocar a palavra ‘ego’, pelo ecossistema, perceber que nós somos esse todo, somos ‘coexistentes’ ’’.


A monja chama atenção para outros males que afetam o ser humano, além do vírus que assola o planeta - a ganância, raiva e ignorância. Características que, segundo Coen, devem ser revistas de modo a perceber por quais fatores surgem e são estimuladas.


Para isso, propõe um olhar atento para os próprios sentimentos, emoções e pensamentos. Ademais, faz um convite para o valor da meditação, cujo primeiro passo é a respiração consciente, que abre espaço para reorganização dos pensamentos.


  Monja Coen fala sobre novo livro Tempo de Cura
Monja Coen fala sobre novo livro Tempo de Cura   Foto: André Spinola e Castro

“Nós podemos escolher o que estimular nas nossas conexões neurais. Se a gente pode fazer musculação e escolher quais músculos estimular, da mesma forma podemos perceber, por meio de processos meditativos, quais são as áreas do cérebro e tipos de neurônios podem ser trabalhados. Então, eles podem ser do bem, da ternura e sabedoria - elementos essenciais para a transformação de uma cultura de violência para uma cultura de não-violência”.


Processos que segundo Coen, podem ser obtidos pelos pés fixos no presente. “A vida sempre faz a gente se reequilibrar, o tempo todo está se reequilibrando - ficar em pé ou sentado exige equilíbrio. Então, a gente tem que seguir esse fluir da vida (...). É só por meio do desequilíbrio que o equilíbrio será possível".


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