Celebrado no dia 8 de julho, o Dia do Panificador comemora uma das profissões mais antigas, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Segundo a Associação Brasileira da
Indústria de Panificação e Confeitaria – ABIP, existem, no Brasil, cerca de 70 mil padarias. E para ressaltar a importância dessa data, o Centro de Memória Bunge divulga imagens inéditas de momentos importantes sobre a evolução da panificação no Brasil.
A história sobre a chegada do pão ao Brasil é bastante curiosa. Apesar da panificação por aqui estar vinculada às tradições portuguesas, foi com os migrantes italianos que essa cultura realmente se expandiu. E foi nos grandes centros urbanos, em fins do século XIX e início do XX, que as típicas padarias começaram a surgir.
“A história do pão francês que comemos todos os dias se confunde com a história da industrialização do Brasil, uma vez que a sociedade brasileira, habituada a copiar os costumes europeus, no século XX vivia a Primeira República e se adaptava a intensas transformações políticas e econômicas. Por isso, é tão importante preservar esses materiais para relembrar a história do panificador e da panificação, tão importantes para a evolução do País como um todo”, ressalta Viviane Morais, historiadora do Centro de Memória Bunge
Vale lembrar que o Moinho Fluminense foi a primeira moagem de trigo do Brasil, inclusive recebendo alvará de funcionamento concedido pela Princesa Isabel, em 25 de agosto de 1887. A unidade foi adquirida pela Bunge em 1914 (no começo do século XX), como parte da expansão da empresa no País, que já operava com o Moinho Santista, fundado em 1905.
O acervo do Centro de Memória Bunge resgata a história e mostra a evolução da panificação no Brasil em toda sua cadeia, da aquisição e fomento à cultura do trigo no Brasil, passando pela industrialização do grão, venda em distribuidoras próprias nas grandes capitais do Brasil, elaborando anúncios e propagandas, participando de feiras e até chegar no produto final. Na fabricação dos pães em suas “Padarias Experimentais” nos Moinhos, que posteriormente serviriam de modelo cultural para o surgimento da atuais Academias Bunge. Fazendo um trabalho próximo ao produtor e ao consumidor (do campo à mesa).