Preconceito com games brasileiros afeta consumo na Baixada Santista

Para o professor santista André Reis, cultura do brasileiro afeta produção e consumo de games nacionais no País

Por: Júnior Batista  -  18/07/21  -  08:43
    Jogos mais sofisticados podem exigir entre R$ 100 mi e R$ 200 mi em investimentos
Jogos mais sofisticados podem exigir entre R$ 100 mi e R$ 200 mi em investimentos   Foto: Imagem Ilustrativa/Pixabay

A principal diferença entre as produções de jogos nacionais e internacionais está dividida em dois âmbitos: dinheiro e cultura. Os jogos brasileiros são considerados de baixo investimento e o jogador local ainda tem um “preconceito” em consumir os produzidos no País, afirma o professor André Reis, que coordena os cursos de Programação em Jogos Digitais, das escolas técnicas estaduais (Etec) de Cubatão e Santos, e Jogos no Centro Universitário São Judas Tadeu - Campus Unimonte.


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Reis explica que há dois tipos de jogos, classificados de acordo com o investimento. Os chamados indies são geralmente feitos por poucas pessoas, com baixo orçamento e pouca publicidade.


Jogos triple way possuem maior equipe, mais investimento e ampla publicidade. Ele cita valores. Enquanto jogos indie recebem, no máximo, R$ 2 milhões em investimento, jogos triple way receberão R$ 100 milhões a R$ 200 milhões.


O Brasil, segundo Reis, ainda é “lento” em jogos triple way, se comparado a outros países. “Tivemos avanços lançando jogos para plataformas exigentes, no ano passado. Alguns nossos são premiados, como os jogos Dandara e Celeste, mas precisamos alavancar ainda mais nosso padrão”, diz.


O professor cita o primeiro jogo com alto investimento – Rio: Raised in Oblivion. O game foi lançado no fim do ano passado é considerado de alto padrão, um triple way brasileiro.


Outro problema, segundo Reis, é a cultura. Apesar do alto consumo brasileiro por games, o produto nacional ainda é visto com preconceito. Segundo a Pesquisa Games Brasil (PGB) 2021, 72% dos brasileiros jogam games. No isolamento social, 46% jogaram ainda mais e 42,2% disseram que gastaram mais com jogos na pandemia. Nesta última edição foram ouvidos 12.498 brasileiro entre 7 e 22 de fevereiro.


Mas o brasileiro compra mais jogos de fora. Quando compra games nacionais, às vezes nem sabe que se trata de made in Brazil. “Tanto é que os jogos são programados e projetados em inglês, com tradução para o português”.


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