Novo golpe permite redirecionar Pix para outra conta

Fraude, já detectada milhares de vezes, é aplicada automaticamente por um vírus infectado no celular

Por: ATribuna.com.br  -  19/11/23  -  21:28
Empresa alerta para golpe que permite redirecionar transferência via Pix
Empresa alerta para golpe que permite redirecionar transferência via Pix   Foto: Matheus Tagé/Arquivo AT

Uma nova forma de se aplicar golpes bancários, especialmente através do Pix, gerou alerta entre as empresas de segurança cibernética. Com o auxílio de um vírus, fraudes bancárias estão sendo realizadas automaticamente por meio do celular da própria vítima. A entrada do malware no dispositivo pode ocorrer por meio de aplicativos de jogos.


Clique aqui para seguir agora o novo canal de A Tribuna no WhatsApp!


A investigação foi feita pela Kaspersky, que conseguiu detectar mais de 6.300 casos do gênero no Brasil desde janeiro deste ano. Segundo a empresa, é o segundo golpe mais bloqueado no país.


Uma vez instalado no celular, o vírus solicita que o usuário forneça permissão de acessibilidade, através de uma mensagem de atualização. A empresa alerta que qualquer aplicativo popular pode servir como disfarce para o malware, além de que, na maioria das vezes, os apps falsos estão fora de lojas oficiais, como a Play Store e a Apple Store.


Com a permissão concedida, o malware consegue bloquear a tela do celular quando a transferência bancária está sendo processada. "Enquanto a pessoa espera, o vírus vai clicar em “voltar” e alterar o destinatário e o valor da transferência. Essa troca ocorre rapidamente, justamente porque todo o processo foi automatizado", explica o analista sênior da Kaspersky no Brasil, Fabio Marenghi.


A fraude pode ocorrer enquanto o celular está com a tela desligada. Apesar da maioria dos casos serem identificados em transferências via Pix, o vírus pode redirecionar transferências entre contas do mesmo banco ou por meio de outros métodos, como TED (Transferência Eletrônica Disponível) e TEF (Transferência Eletrônica de Fundos)


Para evitar cair no golpe, as recomendações passam por baixar aplicativos apenas em lojas oficiais, não conceder permissão de acessibilidade e habilitar a autenticação em dois fatores, além da adesão de um antivírus.


Tudo sobre:
Logo A Tribuna
Newsletter