Veja como transformar espaços de convivência em verdadeiros paraísos sociais

Arquitetura de interiores residencial é ferramenta poderosa e facilitadora para conexões entre pessoas

Por: Fernanda Lopes  -  07/04/24  -  12:59
Arquitetura de interiores promove não só ambientes esteticamente agradáveis, mas também espaços que incentivam interações
Arquitetura de interiores promove não só ambientes esteticamente agradáveis, mas também espaços que incentivam interações   Foto: Eduardo Pozella/ Divulgação

No agitado ritmo da vida cotidiana, é comum que as demandas diárias consumam a maior parte do tempo, sendo muitas vezes o fator que nos distancia daquilo que é verdadeiramente essencial: a conexão com seres humanos. É nesse cenário que a arquitetura de interiores emerge como catalisador, promovendo não apenas ambientes esteticamente agradáveis, mas também espaços que incentivam essas interações.


“A valorização de espaços de convivência social nas residências ressurge como resposta à importância de restaurar e prezar por nossas relações. São ambientes projetados para exalarem uma atmosfera de contato e diálogo. São poderosos instrumentos para famílias mais vibrantes, saudáveis e que estimam também suas relações externas com parentes e amigos”, refletem as arquitetas Ieda e Carina Korman.


Paleta de cores que remete ao natural, poltronas e sofás confortáveis e com disposição que propicie uma boa conversa, além de ventilação adequada e plantas decorativas, são pontos importantes
Paleta de cores que remete ao natural, poltronas e sofás confortáveis e com disposição que propicie uma boa conversa, além de ventilação adequada e plantas decorativas, são pontos importantes   Foto: Eduardo Pozella/ Divulgação

Cenários
À medida que a sociedade evolui, o incentivo para viver em comunhão com o próximo é um dos pontos altos nos projetos arquitetônicos. A arquiteta Carina Korman relata que ela e Ieda gostam de analisar oportunidades em que possam criar cenários propícios ao florescimento de relacionamentos e experiências significativas.


“Abordar esse conceito traz uma grande contribuição no estreitamento das relações mais íntimas entre casais e filhos, como com outras pessoas que estão há muito tempo em nossa vida, mas que geralmente passamos muito tempo sem estar juntos”, diz Carina, que complementa: “A arquitetura não se trata apenas de conceber ambientes agradáveis aos olhos, mas também de entregar diversos caminhos para o bem-estar humano”.


Em áreas residenciais, essa tendência costuma se manifestar em áreas comuns como salas de estar e de jantar, varandas, cozinhas abertas e espaços gourmets.


Cozinha
De acordo com Ieda, as áreas de lazer exprimem o potencial máximo desse conceito e até mesmo a cozinha, que antes era delegada em segundo plano, saltou em sua magnitude: aberta e integrada, sua estrutura é um convite ao relacionamento entre os habitantes da casa enquanto preparam as refeições.


Como dito anteriormente por Ieda Korman, a integração de ambientes é um dos caminhos e, para tanto, é necessário levar em conta layouts abertos que se conectem a áreas comuns, como a área de estar com os espaços externos.


As cores transformam a atmosfera do espaço e combinações entre a neutralidade e tons mais vistosos e intensos como o terracota, laranja, azuis, verdes e amarelos são apostas muito bem sucedidas nos projetos.


Ar livre
Investir em espaços ao ar livre é uma estratégia eficaz, segundo as profissionais. Varandas, jardins e terraços bem projetados triunfam como convites para vivenciar o momento em grupo e, para tanto, é sempre indicado investir em móveis confortáveis dentro de um décor que estimule o aconchego em plenitude.


O design bioclimático não só contribui para a eficiência energética, como desperta os desejos de estar e permanecer. Para tanto, as arquitetas enumeram pontos como a ventilação cruzada, iluminação natural e sombreamento adequado como fundamentais.


Ambientes com espaços flexíveis e móveis adaptáveis permitem que um mesmo local possa ser convertido para diversas ocasiões e funcionalidades. “Salas que podem ser transmutadas em espaços de trabalho, lazer ou recepção exemplificam a sustentação desse conceito que acreditamos”, finalizam as duas arquitetas.


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