Fique atento à obesidade nos pets

Sedentarismo e erros na alimentação são alguns dos fatores para sobrepeso em cães e gatos

Por: Ravena Soares  -  21/04/24  -  16:23
Quando os animais estão acima do peso, podem sofrer sérios problemas de saúde
Quando os animais estão acima do peso, podem sofrer sérios problemas de saúde   Foto: Adobe Stock

Pets gordinhos são uma fofura. Peludinhos e fofuchos, dão aquela vontade de abraçar. Porém, a verdade é que quando os animais estão acima do peso, podem sofrer sérios problemas de saúde. Por isso, o recomendado é que os tutores fiquem sempre atentos quanto à alimentação e ao estilo de vida do animal, com acompanhamento de um profissional especializado quando necessário.


Alimentação balanceada e exercícios. A fórmula que usamos para nós, humanos, é a mesma para os bichinhos. Segundo o médico-veterinário santista Eduardo Filetti, é muito importante que os tutores se atentem ao físico do animal, uma vez que a obesidade pode desencadear diversas outras doenças. “Quando a barriga começa a ficar do tamanho do tórax, aí começa a obesidade, acompanhada da preocupação”.


É considerado sobrepeso em cães e gatos quando há um acréscimo de 10% no excesso do peso corporal. O quadro se torna obesidade quando esse índice passa a ser de 20%.


Segundo o médico-veterinário, entre os problemas que a obesidade pode ocasionar, estão os cardíacos e ortopédicos. “Também podem causar entupimento de veias, derrame e até infarto”, exemplifica.


Filetti explica que os animais mais atingidos pela obesidade são os cães de pequeno porte, geralmente criados em apartamentos. “Porém, outras raças como Labrador e Golden Retriever também são propensos ao aumento de peso, porque são raças que tendem a ser um pouquinho mais preguiçosas”


Cuidados
Uma das causas da obesidade em animais pode ser a má alimentação, com excesso de ração ou petiscos. Outro exemplo utilizado pelo veterinário foram alguns tipos de rações, que possuem maior teor de carboidrato. “Se você dá uma ração de má qualidade, ela tende a ter menos proteína e mais carboidrato, então há tendência do animal engordar”.


Os petiscos, que são oferecidos como agrado, também podem fazer mal à saúde dos pets se distribuídos em excesso. “O animal fez uma coisa certa, você dá aquele reforço. Mas tem gente que dá demais. Por exemplo, chega em casa à noite vendo televisão, dá petisco, pizza, pipoca… e tudo isso é excesso de carboidrato.”


O ideal é que os pets recebam uma alimentação adequada e balanceada, de acordo com suas necessidades. E, se possível, orientados por um médico-veterinário. Também não deixe a ração disponível no prato o dia todo. Crie uma rotina de horário de alimentação e sirva somente a quantidade indicada pelo especialista.


Passeios podem ajudar
Filetti orienta que os tutores de cães passeiem com eles, porque o hábito pode gerar qualidade de vida e também prevenir a obesidade, uma vez que o exercício físico é imprescindível para saúde do animal.


“Se puder, leve o cachorro para sair umas duas vezes ao dia, quando tiver tempo. Hoje, temos muitos locais pet friendly, então você pode levá-lo à padaria, ao supermercado, à feira… É preciso incluir o pet na sua rotina”.


No radar
Outra orientação do médico-veterinário é para que os tutores mantenham os exames dos animais em dia e acompanhem o seu desempenho. “Também é importante mantê-lo vermifugado, porque às vezes, ele está com um peso a mais e pode estar com verme”.


E caso o animal já esteja com sobrepeso ou obesidade, deve-se fazer uma dieta e manter os exercícios físicos em dia.


Logo A Tribuna
Newsletter