Bebidas quentes e obesidade aumentam chance de aparecimento de câncer; veja sintomas e como tratar

Dificuldade para engolir pode ser sinal de tumor no esôfago, que afeta cerca de 11 mil pessoas por ano no Brasil

Por: Cláudia Duarte Cunha  -  05/05/24  -  14:18
  Foto: Adobe Stock

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de esôfago é o oitavo câncer mais prevalente em homens no mundo. No entanto, a sua frequência vem aumentando nos últimos anos devido à presença de doenças como obesidade e refluxo gastroesofagiano. O câncer de esôfago atinge principalmente fumantes e pacientes que consomem bebidas alcoólicas regularmente. Ele se desenvolve no tecido do órgão, que é o tubo muscular longo que conecta a garganta ao estômago, e, geralmente, se inicia nas células que revestem seu interior.


“O consumo de bebidas muito quentes e problemas genéticos específicos como a tilose (doença hereditária rara, que se caracteriza por hiperceratose nas palmas das mãos e plantas dos pés) também aumentam o risco do desenvolvimento desse tipo de câncer”, alerta Thiago Assunção, oncologista especializado em câncer de esôfago do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC).


Entre os sintomas estão dificuldade para engolir (disfagia), sobretudo alimentos sólidos, dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de obstrução à passagem de alimentos, náuseas, vômitos, perda de apetite e perda de peso não intencional.


Conforme o especialista, o diagnóstico é feito por meio da consulta, que vai avaliar a história clínica do paciente, exames de imagem, endoscopia digestiva alta, biópsia e alguns testes adicionais, conforme a necessidade de cada caso.


Já os tratamentos dependerão do estágio da doença, localização do tumor e subtipo histológico e podem variar de quimioterapia isolada ou concomitante à radioterapia e até mesmo cirurgia logo após o diagnóstico. “Quanto mais precoce a detecção do tumor, maiores as chances de cura”, alerta o médico. “Nos últimos anos tivemos importantes avanços com o acréscimo da imunoterapia ao tratamento desse tipo de tumor, seja no cenário metastático ou mesmo após a cirurgia, com ganho, inclusive, de sobrevida para os pacientes”.


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