Tratamentos alternativos para bichos de estimação estão cada vez mais comuns

Brasil é o segundo principal mercado pet do planeta - perdendo apenas para os Estados Unidos

Por: Júnior Batista  -  08/03/20  -  13:15
  Foto: Alexsander Ferraz/AT

Vale tudo quando o assunto é cuidar de nossos bichinhos de estimação. Especialmente quando eles passam por alguma enfermidade. E, para isso, vale até cuidados alternativos. E eles estão cada vez mais em alta. Segundo dados do Instituto Pet Brasil de 2019, o país tem 54,2 milhões de cães vivendo como animais de estimação. O Brasil é o segundo principal mercado pet do planeta - perdendo apenas para os Estados Unidos.


Com tantos bichinhos convivendo com a gente, também já é cada vez mais comum que práticas alternativas sejam usadas para trazer mais bem-estar aos animais. Uma delas é aplicada pela veterinária Sheila Nogueira. Ela usa o Reiki como terapia energética. “No Reiki, a pessoa iniciada na prática e conecta com a energia do todo e aplica está energia nela mesma, em pessoas, animais não humanos, plantas”, lista a veterinária. 


De acordo com a profissional, normalmente o Reiki é aplicado sobre os chakras da pessoa ou do animal. A prática auxilia animais enfermos por questões comportamentais e emocionais, além de ajudar o bicho a liberar energia estagnada. “Os resultado podem ser notados já na primeiro aplicação, principalmente quanto ao relaxamento e bem-estar.


Para outras patologias, o resultado é visto ao longo de semanas, sendo que há resposta individual para cada paciente”.


Bichinhos de qualquer idade, sexo e raça podem fazer. A indicação, normalmente, é de uma vez por semana. Em casos de mais debilidade, ele pode ser indicado duas vezes por semana, ao menos no início do tratamento. “Para ser Reikiano e aplicar em animais não é necessário ser médico veterinário, é uma energia acessível a todos. A única ressalva é quando se busca tratamento auxiliar holístico, onde envolvem diversas técnicas, como acupuntura, Reiki, florais. Nestes casos, recomenda-se buscar um profissional veterinário holístico”, afirme Sheila.


Acupuntura


Com o avanço da medicina veterinária e cada vez mais os bichos sendo vistos como parte das famílias, também cresce a busca por tratamentos variados. Por conta disto, as especialidades veterinárias também veem ganhando mais espaço. 


“Um segmento que tem sido cada vez mais procurado é a Medicina Veterinária Integrativa. Essa é a prática da Medicina que reafirma a importância da relação entre o paciente com o seu todo. Nela, é tratada a raiz da doença e não somente os seus sintomas”, explica a médica veterinária especializada em acupuntura, Carolina Haddad, da clínica Acuvet. 


Desde 2006, a Acupuntura, a Fitoterapia e a Homeopatia foram incluídas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como práticas que podem ser integradas e complementares ao tratamentos de pacientes. E isso vale para o bichos. 


Carolina diz que as técnicas ajudam muito porque tratam a base da doença no animal. “Através da Visão da Medicina Tradicional Chinesa (acupuntura), podemos reconhecer os padrões patológicos e assim poder instituir um melhor tratamento”, explica.
Em seus pacientes, ela também utiliza a fitoterapia Chinesa, dietoterapia (alimentação natural), ozonioterapia, florais quânticos, florais de Bach, medicina nutracêutica, dermatologia integrativa e neurologia.


De modo geral, o principal objetivo da acupuntura é trazer qualidade de vida para os animais e cura de doenças. Muitas enfermidades são encaminhadas porque não possuem tratamento pela medicina convencional, mas podem ter pela MTC”.


Para a médica veterinária Cecília Maria Rodrigues Tavares, da clínica Wuxing, qualquer tipo de doença pode ser tratada com acupuntura, não só as dores. “Inclusive aqueles animais que já estão em tratamento e chegam até nós  encaminhados pelo médico veterinário responsável ou indicado por algum amigo para ajudar na sua recuperação”, explica a veterinária.


Na lista das enfermidades que podem ser tratadas estão, por exemplo, estão diabetes, epilepsia, giardia, insuficiência renal aguda e crônica, aids felina, gastrite, herlichiose (doença do carrapato), fraturas, pós-cirúrgico, (distúrbio cognitivo do cão idoso, câncer etc “Qualquer doença pode ser tratada com MTC, seja curando ou trazendo qualidade de vida em casos irreversíveis”, afirma Cecília.


E essas técnicas podem ser associadas. “As técnicas da MTC pode ser utilizadas isoladas ou associadas a qualquer outro tipo de tratamento.  Mesmo nos casos mais graves”, finaliza.


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