Saiba como diferenciar os sintomas de gripe e resfriado

Intensidade dos sintomas é o diferencial na hora de explicar para o médico o que sente

Por: Daniela Paulino & Da Redação &  -  24/06/19  -  13:04
Queda de temperaturas contribui para surgimentos de doenças respiratórias
Queda de temperaturas contribui para surgimentos de doenças respiratórias   Foto: Adobestock

É tão gostoso ficar em ambientes fechados e quentinhos na época mais fria do ano. Mas isso tem um preço: ficamos mais suscetíveis a vírus, que são mais facilmente disseminados em lugares assim. Gripes e resfriados são algumas das doenças mais comuns nessa época. E como determinar a diferença entre uma e outra?


Segundo a otorrinolaringologista Márcia Kii, do Instituto Ganz Sanchez, o quadro geral do paciente é o que demonstra se ele está apenas resfriado ou com algo mais sério. “A pessoa fica bem cansada, sem vontade de fazer nada, com dores que a impossibilitam de praticar pequenas atividades. Fica derrubada mesmo”, explica.


A febre bem mais alta, que começa nos 39°C, também é um indicativo de gripe.


“Essa febre geralmente não abaixa nem com medicação. Aparecem também as dores musculares e articulares, calafrios, tosse, dor de garganta, falta de apetite”, destaca a médica.


Já o resfriado tem sintomas parecidos, mas bem menos acentuados, como explica Kelem Chagas, gerente médica da Sanofi Pasteur. “Ele costuma ter um quadro mais arrastado, mais brando, com bastante secreção nasal, coriza...”.


As informações passadas ao médico também são fundamentais para auxiliar no diagnóstico. “Você precisa contar para o médico a história clínica bem detalhada. Há quanto tempo os sintomas estão acontecendo, se está com febre alta, de quanto, se ela foi aferida em termômetro, não só colocando a mão na testa... Enfim, detalhe o que está acontecendo, se teve ou não contato com alguém sabidamente com gripe... A partir daí o médico sabe quais os exames devem ser feitos para confirmar um diagnóstico preciso”, alerta a médica Kelem Chagas.


Prevenção


Como a transmissão ocorre por via aérea, a prevenção se resume em não ficar em ambientes fechados com pessoas infectadas. Crianças menores de 2 anos, idosos, gestantes e doentes crônicos precisam de mais cuidados. “Se na escola houve algum caso de gripe, por exemplo, evite mandar seu filho para a aula e observe se apresenta sintomas”, alerta Márcia Kii.


Em casa, os cuidados também devem ser tomados, como o hábito de lavar sempre as mãos e cobrir a boca, quando for tossir ou espirrar. Cada um deve ter a própria garrafa, copo, talheres, toalhas, tudo individual. “Usar máscaras também é de grande utilidade, desde que ela seja trocada diariamente, já que o vírus pode ficar contido ali. Ter sempre álcool gel por perto também ajuda bastante”, explica a otorrinolaringologista.


Grandes quantidades de muco favorecem o desenvolvimento de infecções respiratórias. Uma forma de prevenir esse problema é higienizar o nariz, indicada para pessoas de todas as idades, desde crianças a idosos. A médica Kelem Chagas complementa. “Fazer higiene nasal, gargarejos e lavagem do local com soro fisiológico também ajuda nessa prevenção”. Mas fica o alerta: o uso de soro e descongestionante nasal de qualquer tipo não deve ser compartilhado.


Vacina


"A vacinação é importante. É como se fosse uma infecção falsa, porque a gente dá as partes do vírus que vão atingir o sistema de defesa, para que ele produza anticorpo contra o vírus. É como se eu desse os pedacinhos em que o sistema imunológico reconhece o vírus para fazer uma resposta efetiva contra a doença”, exemplifica a médica Kelem Chagas.


A vacina protege contra cepas de vírus que estão presentes nela. A recomendada pelo Ministério da Saúde tem proteção contra três tipos de vírus - do tipo A, H1N1 e H3N2, e o influenza do tipo B Victoria, essa indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A quadrivalente (particular) ainda protege contra o tipo B Yamagata, que não faz parte dos recomendados pela OMS.


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