Março é o mês de conscientização sobre a endometriose, doençaque afeta de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva.
O ginecologista e obstetra DomingosMantelli, autor do livro Gestação: mitos e verdadessob o olhar do obstetra, explicaque o problema a cólica é um dos sintomas e que muitas mulheres têm cólicas intensas antes,durante e depois da menstruação. “Além das cólicas, a condiçãopode causar dor para urinar,dor pélvica crônica, dor nas costas, nas pernas e até nos ombros”.
Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana, esclareceque a endometriose é uma das principais causas da infertilidade em mulheres. “A doençaocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero, não são devidamente expelidas durante a menstruação, se espalhando pelo aparelho reprodutivo, o que atrapalha a implantação do embrião fecundado, e até mesmopor outras regiões como intestino, apêndice e bexiga”.
Difícil de ser prevenida, já que, apesar de estar relacionada a fatores genéticos e imunológicos,é muito confundida com cólicas. “Isso faz com que o diagnósticoda condição seja realizado muito tardiamente, quando as mulheres encontram alguma dificuldadepara engravidar. Por isso, o acompanhamento ginecológico regular desde cedo é fundamental”.
Segundo DomingosMantelli, o uso prolongado de anticoncepcionais ajuda a mascarar a doença."Quando contínuo, o uso de pílula anticoncepcional pode encobrir a existência da endometriose.Apesar de não ter cura, elapode ser controlada com tratamento clínico, de acordocom os sintomas com ou o uso de medicamentos, ou cirúrgico, removendo as lesões profundas”.