Cuidados com problemas articulares dos pets no inverno

Entenda quais são principais problemas que seu animal poderá ter e os sinais

Por: Joyce Moysés  -  17/05/20  -  17:19
É preciso atenção aos sinais de problemas e dores articulares
É preciso atenção aos sinais de problemas e dores articulares

No inverno, cães e gatos também sofrem com as baixas temperaturas, principalmente aqueles que apresentam doenças articulares, como acontece com os humanos. “Os pets idosos tendem a sentir mais a dor que os outros, pois nessa fase da vida deles, muitos apresentam artrite, artrose, hérnia de disco”, explica a médica veterinária Jacqueline Felippetto, que tem um quadro semanal sobre pets na US BRASIL TV, canal por streaming nos Estados Unidos produzido por brasileiros e para brasileiros do mundo todo.


A professora Dra. Paola Américo, docente do curso de Medicina Veterinária da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) destaca também “a displasia coxofemoral, quando ocorre uma artrose secundária à incongruência articular dos quadriis, e as luxações de patela, que também por conta do deslocamento patelar (joelho de cães e gatos) podem desenvolver doença articular (artrose), ou de cotovelos”.


Existem alguns cuidados básicos a tomar com os pets com problemas nas articulações. Os principais, de acordo com a dra. Jacqueline, são:


- Evitar que subam e desçam de escadas, de camas e do sofá;


- Manter o ambiente limpo onde eles ficam e protegido do vento e do frio;


- Evitar dar muitos banhos;


- Manter a vacinação em dia;


- Dar alimentação adequada e, principalmente, cuidar e controlar o peso do cão ou gatinho. A obesidade é uma doença que acomete os pets também, que causa graves problemas nas articulações, e ainda pode ser responsável por desenvolver doenças cardíacas e a diabetes nos bichinhos;


- Ter uma caminha confortável e, se preciso, usar roupinha para mantê-los mais aquecidos.


Está diferente!


É importante ficar atento à mudança de comportamento deles, pois é assim que eles sinalizam quando estão sofrendo esses problemas. Diminuem a alimentação ou param de se alimentar completamente? Não querem saber de brincadeiras? Ficam quietinhos no canto deles e choramingam quando são tocados nas áreas doloridas?


Há pets que não choram por dor, segundo a professora da Unimes. Esses vão se adaptando a essa condição, limitando-se a alguns movimentos e atividades que faziam antes. Alguns deixam, por exemplo, de subir escadas e no sofá, começam a não gostar mais de passear – ou então sentam ou forçam seu dono a voltar para casa. Alguns chegam até a mudar seu comportamento, tornando-se mais tristes ou até agressivos.


Percebendo que seu bichinho não está bem e se locomove com dificuldade, o tutor tem de levar imediatamente ao médico veterinário. “Nos casos mais simples, a medicação com antiinflamatórios e analgésicos já resolve, sempre com a indicação do veterinário (se for um especializado em ortopedia, ainda melhor). Nada de dar medicamento que tem em casa, pois alguns antiinflamatórios para humanos podem ser fatais tanto para cães quanto para gatos”, orienta a dra. Jacqueline.


Nos casos mais complexos, além da medicação, “é necessário aliar a fisioterapia, que é um tratamento coadjuvante e com melhora na qualidade de vida do Pet bastante significativa. Os tratamentos incluem a laserterapia, acupuntura, magnetoterapia, hidroesteira, ultrassom e muito mais”, informa a dra. Jacqueline, acrescentando que já existem clínicas veterinárias especializadas em fisioterapia, com todos esses procedimentos.


A orientação da dra. Paola também abrange observar o pet em relação à locomoção: “Está normal ou vem se cansando com facilidade após os passeios? Deixou de fazer alguma atividade? Acha que está mais apático, e não tão alegre como estava no verão? Relate todas as alterações percebidas ao seu veterinário de confiança ou profissionais especialistas na área, para que um minucioso exame ortopédico possa identificar o problema articular o mais rápido possível”.


Assim, conforme ressaltam as duas profissionais, você evita a progressão da doença e danos piores à saúde do seu melhor amigo e companheiro, que talvez seja o “membro da família” mais próximo – e a quem pode abraçar - nesses tempos de distanciamento social.


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