Túnel ligando Santos a Guarujá e o aeroporto civil alavancam o futuro do Município

A construção do túnel ligando Santos a Guarujá, o aeroporto civil localizado na Base Aérea, um novo hospital municipal, programas estruturados para reduzir o déficit habitacional e a aprovação de um novo Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do Solo são algumas iniciativas que em breve devem colocar Guarujá em uma nova rota de desenvolvimento econômico e social.

Esses foram alguns dos temas debatidos no Summit Guarujá 2023 – Olhar para o Futuro, realizado no auditório do Grupo Tribuna na última segunda-feira (26). Dois painéis foram apresentados. O primeiro contou com as participações do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, do prefeito de Guarujá, Valter Suman (PSDB), do presidente da Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos, deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), do presidente-executivo do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Guarujá, Adalberto Ferreira da Silva.

Márcio França garantiu que a construção do túnel vai ocorrer e estabeleceu um prazo de aproximadamente quatro anos. “Se conseguirmos fazer os módulos do túnel separadamente, poderemos diminuir esse prazo para dois anos. É um desafio para a engenharia brasileira, pois nunca foi feita uma obra assim aqui”.

A construção terá 900 metros de extensão, 21 metros de profundidade e 6 metros de largura. França garantiu: “Não podemos perder essa oportunidade. As duas obras saem no próximo governo, exceto se houver impedimentos fora do nosso limite”. O ministro dos Portos e Aeroportos defendeu o porto público. “Estivemos em Israel agora e 100% do Porto de Tel Aviv é público. É uma questão de segurança. O nosso porto público terá o túnel, aeroporto, aprofundamento do canal para 16 metros e vamos integrar o porto a cidade. Já começamos pelas concessões dos armazéns do Valongo”.

O prefeito de Guarujá não tem dúvidas do potencial turístico da cidade. “Nós temos belíssimas praias, a maioria delas balneáveis, temos duas áreas de proteção ambiental. Além disso, nosso potencial de desenvolvimento portuário é grande. Temos 9 terminais portuários, 14 retroportuários. Nós hoje representamos 30 a 35% da movimentação de cargas do complexo portuário da Baixada Santista, por isso a mobilidade urbana tem sido o grande desafio, onde cerca de 35 mil veículos passam na travessia Santos-Guarujá. É a maior travessia em número de veículos do mundo”, disse.

Expansão e futuro
A aposta de Guarujá é grande na expansão portuária. A cidade conta hoje com 4 milhões de metros quadrados de área livre para essa ampliação. Suman acredita que com a construção do túnel Santos- Guarujá, outra obra importante para a cidade e o porto é a construção da segunda fase da perimetral para que o movimento de cargas seja separado da cidade. “Se você tem uma cidade onde estão sendo retomadas as atividades de petróleo e gás, porto, retroporto, ligação seca, perimetral, aeroporto, um Plano Diretor que vai potencializar ainda mais a construção civil no nosso município, vemos que o futuro está logo ali”.