Expectativas são boas para contratações em 2022; veja as áreas mais promissoras

Retomada econômica após a pandemia gera boas oportunidades para quem busca uma recolocação ou mudança de área

Por: Fernanda Balbino  -  26/10/21  -  13:59
Atualizado em 26/10/21 - 14:03
 Webinar Porto & Mar desta segunda-feira destacou oportunidades do mercado de trabalho para o ano que vem
Webinar Porto & Mar desta segunda-feira destacou oportunidades do mercado de trabalho para o ano que vem   Foto: Reprodução

O momento de retomada econômica no cenário pós-pandemia de covid-19 é uma grande oportunidade para a recolocação profissional ou até mesmo para uma mudança de carreira. E isto não acontece apenas com trabalhadores. Diversas empresas foram forçadas a mudar o ramo de atuação e descobriram novas oportunidades de crescimento. Para o ano que vem, a notícia é boa para quem atua ou pretende atuar nos setores de logística, comercial, de tecnologia e de serviços, especialmente os portuários e de apoio a essas operações.


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A informação é do gerente de operação da Robert Half na Baixada Santista, Leonardo Berto. O executivo é responsável pela filial, na região, de um dos principais escritórios de recrutamento e seleção de profissionais no mercado global.


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As tendências e perspectivas para o mercado de trabalho em 2022 foi o tema discutido durante o webinar Porto & Mar, promovido pelo Grupo Tribuna na segunda-feira (25). A mediação foi do editor de Porto & Mar, Leopoldo Figueiredo.


“A gente enxerga a operação portuária com uma tendência bastante positiva de crescimento, assim como todo o universo e a cadeia logística e de abastecimento. A gente fala desde a operação portuária, as empresas de transporte, de armazenagem e, claro, os agentes de carga, agentes marítimos que vão intermediar todas essas operações. A gente fala da cadeia de serviços logísticos de uma maneira geral”, afirmou Berto.


Segundo o executivo, são quatro as grandes frentes que movimentam mercado. São elas: agronegócio, indústria química, logística e serviços, o que inclui a conexão com varejo e tecnologias. A última, porém, é a que mais demanda contratações, em virtude da necessidade de ganho de eficiência, com transformações digitais e adaptações aos novos momentos do mercado.


“Na Baixada Santista, a gente vê uma preocupação muito grande das empresas da cadeia logística com a mão de obra comercial, de desenvolvimento de negócios. Então, a gente vê um movimento muito interessante também de adaptação de diversas empresas buscando outras frentes de receita, outros modelos de negócios. A empresa que atuava com agenciamento marítimo buscando trabalhar com carga. A empresa que trabalhava com armazenagem buscando fazer um trabalho de distribuição. A logística rodoviária tentando trabalhar com outras frentes”, afirmou.


O gerente da Robert Half destaca que, neste caso, são necessários especialistas na área em que se pretende atual. “A gente vê potencial muito grande para o executivo, o profissional da área comercial e o impacto é direto na operação. O gerente de logística, o gerente de armazém, o coordenador de operações, o analista logístico, o analista de crossdocking, essas posições mais do dia a dia também, com uma tendência de crescimento e aí diretamente ligada à retomada econômica. Aumenta o consumo, aumenta a necessidade de circulação de mercadorias e são nas posições operacionais, que eu demando maior número de pessoas”.


Qualificação e boa postura nas redes sociais são importantes, diz especialista
Quanto maior a qualificação, maiores são as oportunidades de reconhecimento e valorização do profissional. Cursos técnicos, um novo idioma e certificações na área em que se deseja atuar são ferramentas importantes na hora da contratação. Manter um bom currículo e uma boa postura nas redes sociais são outras forma de garantir uma colocação no mercado de trabalho.


De acordo com o gerente de operação da Robert Half na Baixada Santista, Leonardo Berto, um profissional qualificado é demandado nos períodos positivos e mais difíceis da economia. Segundo ele, agora, é o momento em que o mercado está se adaptando ao período pós-pandemia. E isso, por si só, gera uma oportunidade. Por isso, é preciso investir em qualificação, principalmente em cursos rápidos e na obtenção de certificações.


“A sua porta de entrada no mercado de trabalho não é exclusivamente a graduação para diversas áreas hoje em dia. Você tem os tecnólogos, os cursos técnicos, certificações para a área da tecnologia. Porém, o profissional graduado, pós graduado, com MBA e mestrado se torna muito mais qualificado e acaba mais preparado e mais acessado”, afirmou o executivo.


Se existem novas formas de qualificação, também há uma nova forma de atuação que virou realidade após a pandemia de covid-19: o trabalho remoto. Além da adaptação dos profissionais, essa modalidade exigiu que as empresas mudassem a cultura e passassem a pensar também na retenção dos profissionais que optaram pelo home office.


“Tarefas tradicionais de escritório a gente vê uma mobilidade mais rápida. Áreas como recursos humanos, financeiro, jurídico, atendimento ao cliente. Quando vai para a operação física é um pouco mais difícil, mas é a agenda das empresas de enxergar porque acaba sendo um diferencial competitivo”, afirmou o especialista. “O modelo de trabalho remoto e híbrido já é realidade para as empresas, reduz custo fixo e ganha em estratégia de retenção. Pensar nisso, mesmo em um universo logístico e portuário, faz parte de um planejamento, de estratégia de negócio de longo prazo”.


Redes sociais
De acordo com Berto, ter um currículo organizado e bem feito continua fundamental. Ele precisa ter, no máximo duas páginas, evitar mentiras e descrever detalhadamente a área de atuação com palavras-chave. Mostrar habilidades e trabalho voluntário também são importantes.


No entanto, o que mudou é a forma de enviar o documento. Isso passou a ser feito em redes sociais ou nos sites das próprias empresas. O executivo da Robert Half explica que, além dessas ferramentas, ainda são utilizadas as consultorias, as agências e os times de recursos humanos. “É fundamental atacar todas as frentes”.


Ele também dá dicas de postura mesmo longe das salas de entrevista. “Aquela máxima de que futebol, religião e política não se discutem é válida nas redes sociais profissionais, embora a gente esteja em um momento onde a sociedade, de uma maneira geral, discute de forma mais ampla esses temas. Numa rede social profissional, a recomendação é que você seja técnico. Artigos que conversem com a sua carreira e seu segmento de atuação são muito valorizados e bem vistos”.


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