Formação e representatividade são decisivos na melhora da saúde bucal, dizem especialistas

Presidentes do Crosp e do CFO participaram do Fórum de Saúde Bucal promovido por A Tribuna na última segunda-feira (31)

Por: ATribuna.com.br  -  06/08/23  -  14:12
Presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Juliano do Vale, e do Conselho de Odontologia de São Paulo (Crosp), Braz Antunes Mattos Neto
Presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Juliano do Vale, e do Conselho de Odontologia de São Paulo (Crosp), Braz Antunes Mattos Neto   Foto: Sílvio Luiz/AT

Formação acadêmica de qualidade, sem ensino a distância, defesa da atuação dos profissionais em todas as áreas em que estejam habilitados a fazer procedimentos e mais representatividade da categoria nos fóruns decisivos, como nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso.


Essas são algumas das defesas dos presidentes do Conselho de Odontologia de São Paulo (Crosp), Braz Antunes Mattos Neto, e do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Juliano do Vale, que participaram do terceiro e último painel do fórum.


“Ensino a distância é algo que não pode haver para a Odontologia. Somos contrários a isso. Vamos vencer essa luta”, disse o presidente do Crosp.


Outro ponto polêmico tratado por Braz Antunes foi da habilitação dos cirurgiões-dentistas para realizarem a harmonização facial. “Tentam confundir a população. Essa é uma lei que já existe desde 2019”.


Ele defendeu também a abertura de faculdades em cidades mais afastadas dos grandes centros, onde se concentra um grande número de estabelecimentos de ensino voltados à odontologia.


Representatividade
Juliano do Vale chamou a atenção para os números expressivos no País, que conta com quase 400 mil dentistas. mais de 600 faculdades de Odontologia em atividade no Brasil. “Esses dados têm que estar relacionados com a nossa população. Somos 200 milhões de habitantes, mas ainda temos um baixo número de dentistas nos SUS. Estamos tendo avanços na nossa profissão nos últimos tempos. Nossa profissão é promissora. Muita gente não imagina os espaços que a Odontologia vem conseguindo”.


O presidente do CFO defende maior participação da categoria na política, para ampliar a representatividade. “Em 2018, a cidade de Santos teve editada aqui a sua lei de odontologia hospitalar, tornando obrigatória a presença de um cirurgião-dentista nos hospitais. Em 2019 a lei foi aprovada também na câmara e no senado, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou, alegando inconstitucionalidade”.


Para Juliano, o principal motivo do veto foi o desconhecimento e a desinformação. “Por isso a necessidade de uma representação política”. Juliano defendeu também que toda verba que sai do Governo Federal para odontologia de estados e municípios deveria ser carimbada, ou seja, aquela que só pode ser gasta para aquele fim.


O presidente do conselho se mostra otimista com a parceria envolvendo o Governo Federal através da Coordenação Geral de Saúde Bucal. Para Juliano, é mais fácil mudar e buscar o cumprimento de políticas públicas quando todos trabalham na mesma direção.


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