Dia Mundial do Meio Ambiente amplia conscientização da sociedade na Baixada Santista

Data será comemorada no próximo domingo. Gestos simples e concretos são benéficos para a natureza e você pode ajudar

Por: Anderson Firmino  -  03/06/22  -  18:58
Atualizado em 03/06/22 - 22:24
Deslocamentdos de bicicleta, a pé ou de patinete eliminam a emissão de poluentes
Deslocamentdos de bicicleta, a pé ou de patinete eliminam a emissão de poluentes   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Celebrado no próximo domingo (5), o Dia Mundial do Meio Ambiente é a oportunidade para ampliar a conscientização da sociedade sobre o tema. No entanto, nada avança se não há atitudes concretas. E cada pessoa pode fazer a diferença, com gestos simples, mas de eficácia comprovada.


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“A gente precisa, de alguma maneira, parar de agir apenas nas consequências. Custa muito mais caro não respeitar o meio ambiente”, resume o secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório.


É possível elencar gestos que, mesmo feitos individualmente, representam um ganho coletivo. Um deles é sobre o uso racional da água. Uma mangueira, por exemplo, é amiga do desperdício e, por isso, não é recomendada para a lavagem de carros e calçadas. Banhos mais curtos também fazem a diferença.


A economia de energia é outro fator importante. Aqui, o recomendável é evitar o uso de eletrodomésticos, especialmente os de maior consumo. Outra medida é a substituição das lâmpadas comuns pelas de LED, cujo gasto é 75% menor e têm maior duração.


Reciclagem e consumo consciente

A reutilização de materiais e a diminuição do lixo seco são vitais para conter a sobrecarga de resíduos. Por isso, é importante evitar a compra de mercadorias com muitas embalagens, separar os resíduos úmidos dos secos, reutilizar embalagens e outros materiais recicláveis, além de preferir sacolas reutilizáveis para as compras.


Entretanto, materiais químicos ou eletrônicos não podem ser descartados na natureza, sob risco de contaminação do solo e do ar. Por isso, é importante não jogar pilhas, lâmpadas e baterias no lixo comum. Outra medida é não descartar o óleo de cozinha na pia ou no lixo doméstico.


A consciência ambiental também reside no consumo. Vale a pena optar por marcas qu realizem trabalhos com essa temática.


Transporte limpo

As boas práticas em prol do meio ambiente também chegam à mobilidade urbana. Neste aspecto, vale oferecer carona aos colegas de trabalho ou fazer um rodízio de motoristas dentro de um grupo. Bicicletas, patinetes ou mesmo caminhar são ótimas pedidas.


No entanto, o segredo para perpetuar as ações de proteção ambiental também mora no amanhã.


“Os pais devem passar aos seus filhos a importância de cuidar do meio ambiente. É um trabalho a longo prazo, mas que renderá bons frutos”, diz Hailton Santos, diretor-presidente do Instituto Mar Azul (IMA).


Conscientização é constante

Manter as praias e o mar limpos também fazem parte de uma consciência ambiental coletiva. De acordo com Hailton Santos, o mutirão para recolhimento de bitucas de cigarro, no último sábado (28), sinalizam uma aparente melhora. Entre o Aquário e a divisa com São Vicente, recolheram-se 30 mil bitucas. ante 36 mil seis meses atrás, com muito mais gente na praia. Atuaram 120 voluntários.


Ele conta que tem visitado escolas para debater a questão do lixo nas praias, especialmente as que colaboram na coleta de detritos. “Temos um projeto no qual várias unidades trabalham na questão do lixo na praia. Depois, voltamos à sala de aula e discutimos o tema.”


A mobilização das novas gerações tem funcionado, segundo o instituto. Parcerias com grupos de escoteiros e até mesmo com o Santos Futebol Clube (foto abaixo) têm levando consicentização. “Um grupo de cerca de 30 atletas, das categorias sub-11 e sub-13, participou do mutirão. Entre os canais 2 e 3, recolheram quase 4 mil bitucas.”


Lixo nas encostas

Outra preocupação que carece de consicência coletiva é o depósito de lixo nas encostas dos morros. A prática pode colaborar decisivamente para tragédias.


“Quando há acúmulo de material, lixo ou mesmo entulho, ele encharca, fica pesado e deflagra um processo que pode causar fatalidades”, explica o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias.


Segundo ele, a orientação aos moradores dessas áreas sobre as encostas é frequente. “A ação que a gente sempre recomenda é a deposição de lixo nos locais adequados. Além disso, que as pessoas não cortem a vegetação, porque isso pode levar a descolamentoss e escorregamentos.”


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