Dia Mundial da Limpeza Urbana: conheça a rotina do serviço em Santos

Data busca conscientizar sobre a importância sanitária e social do serviço no cotidiano

Por: Ágata Luz  -  27/08/22  -  07:21
Atualizado em 16/09/22 - 13:47
Dia Mundial da Limpeza Urbana busca conscientizar a população para a importância sanitária e social do serviço no cotidiano
Dia Mundial da Limpeza Urbana busca conscientizar a população para a importância sanitária e social do serviço no cotidiano   Foto: Arquivo/AT

Celebrado neste sábado (27), o Dia Mundial da Limpeza Urbana busca conscientizar a população para a importância sanitária e social do serviço no cotidiano. “Sem a limpeza, os municípios ficariam um caos, com sujeira jogada pelas ruas, causando problemas sérios de saúde pública e graves transtornos de saneamento, com crescimento gigantesco de roedores e outros vetores”, ressalta o diretor de Operações da Terracom, engenheiro Antônio de Mello Neto.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Responsável pelo serviço em Santos, a Terracom cumpre um esquema de trabalho estabelecido em contrato. Mello descreve que há um planejamento de serviços básicos, como coleta, operação de transbordo, transporte e destinação final dos resíduos sólidos domésticos; varrição, capinação e raspagem de ruas, praças e logradouros públicos.


Ainda: limpeza manual e mecanizada de praias e jardins da orla; operação cata-treco e de materiais volumosos; lavagens de túneis e monumentos; limpeza dos morros e encostas e equipes-padrão para serviços diversos, como em espetáculos e eventos especiais.


Para manter o trabalho organizado, a limpeza começa cedo em Santos. “Às 4h30, um trator agrícola com rastelo começa a limpeza mecanizada da faixa de areia, acompanhado de uma carregadeira hidráulica e caminhões basculantes de 12 m³ que, respectivamente, transportam e armazenam os resíduos provenientes dessa varredura.”


De acordo com ele, ajudantes gerais e margaridas dão início à limpeza manual da faixa de areia e dos jardins da orla às 6 horas. O serviço é diário, até as 14h20. Em praças e logradouros públicos, a limpeza começa às 7 horas e ocorre de segunda a sábado. Para passar por todos os bairros, o serviço segue roteiros planejados diariamente.


O início de capinação e raspação varia entre 6h30 e 7h30, dependendo do lugar, com ciclos cumpridos a cada três meses. O cata-treco segue itinerário preestabelecido por agendamento pelos moradores de cada bairro. Desta forma, há dia e horário corretos para coleta de resíduos volumosos diante das residências.


As lavagens de locais públicos são diárias. Em túneis, toda semana. Nos morros, a limpeza é feita por equipes de ajudantes gerais. “Como nas encostas, com uma equipe especial que trabalha com rapel”, ressalta o engenheiro.


Em Santos, o gás gerado pela decomposição do lixo serve à produção de energia elétrica, introduzida na rede da CPFL Piratininga
Em Santos, o gás gerado pela decomposição do lixo serve à produção de energia elétrica, introduzida na rede da CPFL Piratininga   Foto: Divulgação

Coleta e destinação
Com uma frota de 21 caminhões compactdores, a coleta domiciliar percorre 19 setores em Santos, de segunda a sábado, a partir das 6 horas, e passando com mais frequência em áreas comerciais. No período noturno, das 18 horas às 2h20, são 15 caminhões e 15 setores.


Em todas as operações, os resíduos são transportados até a Estação de Transbordo. Lá, são descarregados dos caminhões e carregados em carretas até o destino: o aterro sanitário da Terrestre Ambiental.


Antônio Mello diz haver uma parceria entre o Grupo Gera e a Raízen para a instalação de uma usina de biogás na planta do aterro sanitário, no Sítio das Neves, Área Continental de Santos. O local recebe cerca de 90% dos resíduos sólidos da Baixada Santista, o que equivale a quase 2 mil toneladas por dia.


“Isso significa que o gás gerado com a decomposição natural do material orgânico aterrado, ou seja, o biogás, já está sendo transformado em energia elétrica renovável e limpa”, explica o diretor de Operações da Terracom.


A estrutura montada na Terrestre é composta por três grupos motogeradores, que, juntos, somam 4,2 megawatts (MW) de potência instalada.


“Esses equipamentos convertem a energia química do gás proveniente do aterro sanitário em energia mecânica, por meio de um processo controlado de combustão. O gerador, que está acoplado ao motor, é ativado, produzindo energia elétrica que, em seguida, tem sua tensão elevada para ser injetada na rede da concessionária local.”


Desta forma, serão produzidos e injetados na rede da companhia de distribuição CPFL Piratininga cerca de 33,5 mil megawatts-hora (MWh) por ano. A energia pode suprir as necessidades de uma cidade com 20 mil habitantes, e se reduz a emissão de gases do efeito estufa.


“O projeto vem ao encontro do compromisso da Terracom de garantir o desenvolvimento sustentável, buscando sempre novas soluções e tecnologias para promoção do bem-estar e da qualidade de vida de todos”, finaliza Antônio de Mello Neto.


Logo A Tribuna
Newsletter