O Governo de São Paulo acredita que a terceira pista do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) pode estar em funcionamento até 2031. A previsão é do secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini. No momento, a Ecovias, empresa responsável pelas estradas, já realiza estudos, tendo em vista a ampliação.
A concessionária prepara um projeto executivo, que deve ser terminado em até dois anos - a entrega se daria até janeiro de 2026. O convidado de A Região em Pauta falou sobre esse prazo, argumentando que a empresa tem ainda muitas etapas pela frente.
“É um estudo complexo. Trata-se de um método construtivo difícil, porque envolve a Serra do Mar. Estamos falando em declividade menor do que a já existente (na segunda pista), para conseguirmos colocar ônibus e caminhões (na descida). Isso envolve uma engenharia complexa”, disse Rafael Benini.
E não é só isso. Outro desafio destacado por Benini é a licença ambiental. “Estamos falando da última parte de mata atlântica dentro do Estado. Essa licença não é fácil, embora o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) seja um parceiro”.
Próximos passos
De acordo com o secretário, pouco antes de a Ecovias finalizar o projeto, terão início outras discussões. Entre elas, a forma como a obra será financiada.
“Em meados de 2025, devemos ter fechado a questão de valor (da pista). Aí, teremos a discussão de como vou pagar, se (com prorrogação de) prazo (de concessão), aumento de tarifa ou aporte do governo. Equacionando isso, podemos ter o início da obra em março de 2026”, detalhou, reforçando que os trabalhos levariam cinco anos para serem concluídos, o que significa dizer que a terceira ligação entre Planalto e a Baixada Santista pode estar pronta em 2031.
Apesar desse prazo, Benini ressaltou que a ampliação da principal ligação entre o Planalto e a Baixada Santista vai melhorar o fluxo no Sistema Anchieta-Imigrantes. “Não vai resolver tudo, mas vai ajudar bastante”, afirmou.
Mesmo assim, o executivo da pasta de Parcerias em Investimentos faz um alerta. Para ele, enquanto se trabalha a terceira pista, Estado e iniciativa privada devem começar a planejar outras iniciativas. “Já temos de pensar em soluções a longo prazo”.