Aterro sanitário em Santos tem capacidade até outubro de 2025

Vida útil pode aumentar com mais reciclagem; este e outros assuntos foram debatidos no fórum A Região em Pauta

Por: Michael Santos, colaborador  -  27/03/24  -  20:49
Segundo fórum do ano do projeto A Região em Pauta foi realizado no auditório do Grupo Tribuna; evento teve como tema A Cadeia do Lixo e da Reciclagem
Segundo fórum do ano do projeto A Região em Pauta foi realizado no auditório do Grupo Tribuna; evento teve como tema A Cadeia do Lixo e da Reciclagem   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

O aterro sanitário localizado no Sítio das Neves, na Área Continental de Santos, para onde segue a coleta domiciliar de sete municípios da região, está se aproximando de seu limite físico. Conforme projeções, a área atual se esgotará em outubro do próximo ano. Uma ampliação é estudada, mas, mesmo aprovada, só comportaria resíduos até 2031.


A informação é do diretor de Operações da Terracom, Antônio de Mello Neto, durante sua participação no segundo fórum deste ano do projeto A Região em Pauta, na última segunda-feira (25), e que teve como tema A Cadeia do Lixo e da Reciclagem.


“O aterro se licencia por células. A atual vai até outubro de 2025. Estamos com projeto de outra, que está em análise. Seria até 2031. É a célula final, porque é o limite da área física. Tudo tem um tamanho”, disse o executivo.


A falta de espaço em locais como o Sítio das Neves não é o único problema. A diretora de Inovação e Negócios do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Cláudia Teixeira, destacou que os materiais despejados nesses lugares prejudicam o meio ambiente.


“Por causa do aquecimento global, discute-se, cada vez mais, evitar colocar lixo nestes sistemas, porque é difícil fazer o aproveitamento dos gases”, afirmou.


Conforme a especialista, isso só é possível por meio da separação de objetos recicláveis e material orgânico, que podem ser reaproveitados, daquilo que é rejeito. Assim, somente o que não tem mais utilidade iria para os aterros.


Entretanto, para que esse processo realmente ocorra, é necessário que a população assuma seu papel. “Transferimos nossa responsabilidade para a gestão pública. Porém, cada um de nós, enquanto cidadãos do planeta, tem de se perceber nessa cadeia e ajudar nesta construção. Precisamos analisar nossos hábitos de consumo e ter consciência de que isso depende da gente também. É um lidar diário de todos”, frisou Cláudia.


Concordando com a diretora do IPT, o coordenador da Câmara Técnica de Meio Ambiente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Marcos Libório, reiterou que a sociedade também deve aprender a separar os resíduos que produz. “Quanto mais misturamos, menor é a capacidade de compostagem e de reciclagem. Perdemos dos dois lados. Precisa de segregação desde de casa, para organizar melhor a sociedade e ter respostas do Poder Público. Enquanto misturar, vamos ter perdas, porque, uma vez o lixo colocado na rua, a Prefeitura tem de recolher. Aí, vai para rejeito”, observou.


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