Apenas Guarujá e Santos possuem leis próprias de incentivo à Cultura

Programas de fomento atendem a pessoas físicas e empresas; fórum A Região em Pauta, do Grupo Tribuna, debateu o assunto

Por: ATribuna.com.br  -  03/12/23  -  09:45
Atualizado em 03/12/23 - 17:40
Secretário Rafael Leal disse que programas de Santos são políticas públicas que precisam ser cumpridas
Secretário Rafael Leal disse que programas de Santos são políticas públicas que precisam ser cumpridas   Foto: Sílvio Luiz/AT

A ampla maioria das cidades que compõem a Baixada Santista não possuem leis próprias de incentivo à cultura, seja por meio de renúncia fiscal ou por outras modalidades e mecanismos. Mais especificamente, apenas Santos e Guarujá contam com este tipo de política pública. Assim, para os artistas das outras localidades da região, resta tentar recursos via legislação federal ou então estadual.


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A denominação do projeto dos dois municípios nominalmente citados é a mesma: Programa Municipal de Incentivo Fiscal de Apoio à Cultura (Promicult). Ambos são voltados a projetos culturais de pessoas físicas ou de empresas sediadas na localidade que oferece esta oportunidade. Outra semelhança: munícipes de outros lugares não podem acessar os recursos.


A administração santista confirmou que, para 2024, reservou mais de R$ 1 milhão.


Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que: "A Lei Municipal 5.010/22 institui o Programa Municipal de Incentivo Fiscal de Apoio à Cultura (Promicult). Sendo 0,2% da receita anual proveniente da arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e 1,0% da receita anual proveniente da arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS ou ISSQN".


Alternativas
Presente em A Região em Pauta, o secretário de Cultura de Santos, Rafael Leal, citou que o município tem, ainda, outras iniciativas, como o Fundo de Assistência à Cultura (Facult) e a Arte Preta. Ele também afirmou, categoricamente, que estas conquistas dos artistas não podem ser retiradas, mesmo que outros gestores assumam a pasta no futuro.


“Independentemente do secretário (que estiver no comando da secretaria), ele vai ter de cumprir com a agenda, porque vai ser cobrado. Vai ter de cumprir com o Facult, com a Arte Preta, com o Concurso de curtas-metragens, porque isso virou lei. Isso é política pública”, salientou Leal.


A fala do gestor foi comemorada e enaltecida pelo artista visual e filósofo Maurício Adinolfi, que é de Santos, embora more em São Paulo. “Ouvir que temos políticas que devem ser cumpridas em outros mandatos é uma conquista”.


Revisão
Procurada, assim como as demais cidades da Baixada, a prefeitura de Cubatão não informou se tem leis específicas de fomento. Porém, afirmou possuir, desde 2012, o Fundo de Incentivo a Cultura de Cubatão (FICC), instrumento para acomodar recursos e disciplinar repasses ao setor cultural. Contudo, admitiu que “a lei deverá ser revisada em 2024, para acompanhar e agregar novas dinâmicas de recebimento e concessão de recursos”.


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