Comunicação
Achei interessante e atual o artigo de Roberta Perdomo, publicado dia 26, sobre o dom das palavras dos grandes oradores. Eles influenciam pessoas com ideias, envolvendo e cativando com sua linguagem. Roberta nos alerta para a dificuldade que temos em escutar. Já minha amiga Mirian Goldenberg questiona que sempre vê anunciados cursos de oratória, mas nunca cursos de escutatória. Como dizia Rubem Alves, não aguentamos ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite, como se o que ele diz não fosse digno de atenção e respeito. Estar atento a uma palestra é tão importante quanto ouvir familiares e amigos. Eles têm muito a revelar. Obed Zelinschi de Arruda - Santos
Caminhos preferenciais
Um desafio à inteligência artificial: retornar do Guarujá para Santos, via balsa, utilizando a pista preferencial. Isso se tornou um grande desafio na Avenida Adhemar de Barros. Atendendo às primeiras indicações, vemos que as placas elucidam a opção “Santos via balsa”. Este caminho ocupa a faixa da esquerda da avenida de quase quatro quilômetros. Como a saída preferencial se dará no último farol pela esquerda, para quem já estiver pela direita tudo começa ficar difícil. Depois disso, duas conversões à direita. Seguindo, mais uma à esquerda (se estiver funcionando a balsa para ciclistas) ou mais uma à direita, com indicação de placa limitada. Chegando na área da cobrança, é preciso ainda serpentear entre cones de sinalização. Este cenário não combina com uma cidade classificada como estância balneária, que recebe verba especial para desenvolver o turismo. Sugiro um aperfeiçoamento de sinalização para poder atender de maneira mais eficiente os motoristas preferenciais e os turistas que chegam à Pérola do Atlântico. Maria Leonor Soares Neves Almeida - Santos
Proposta
Foi muito boa a sugestão do sr. Luiz Vinagre, publicada neste espaço, que propôs a criação de um programa chamado “Adote um preso”, com cada pessoa que defende um capturado tendo a chance de adotá-lo. Só acho que haverá um problema: como o ouvidor da polícia procederia se isso fosse adiante? Agostinho Juscelino de Freitas - Santos
Dinheiro vivo
Gostaria que o nobre missivista amigo sr. João Caramez fizesse uma rápida pesquisa no site da Câmara dos Deputados e lá procurasse os gastos dos digníssimos deputados. Aí sim irá entender quando se diz “dinheiro vivo”. Gilberto Pereira Tiriba - Santos
Cordão de girassol
Os símbolos são utilizados como uma comunicação visual, com rápida compreensão, fáceis de lembrar, reconhecer e entender o que vêm a representar. O cordão de fita com desenhos da flor de girassol, por exemplo, é um símbolo nacional de identificação das pessoas com TEA. De cor vibrante e sempre virado em direção ao sol, o girassol representa a conscientização, uma forma de respeito, empatia e inclusão, iluminando a sociedade sobre como proceder ao se deparar com uma pessoa portando o colar. Que a “flor do sol”, na sua cor vibrante, traga felicidade, calor humano e energias positivas. J. A. Nogueira de Sá - Santos
Ônibus
É ótima a notícia do aumento do subsídio ao transporte municipal de Santos, para impedir que a tarifa fique ainda mais cara na catraca, e assim permitir maior acesso a esse direito social. Por outro lado, vejo falta de contrapartida da empresa concessionária. A Piracicabana não pode receber R$ 2,2 milhões por mês dos cofres públicos e oferecer ao povo ônibus altos, barulhentos, com linhas cumprindo itinerários irracionais. É preciso haver mais faixas exclusivas, veículos elétricos e com piso baixo, câmbio automático, três portas e bilhete único de integração com tarifária temporária. É o mínimo que uma cidade desenvolvida deve ter quando o assunto é transporte. Wagner de Alcântara Aragão - Santos
Invisibilidade
Tendo em vista que a educação é a estrela de muitos discursos políticos, certamente muitas variantes farão parte do marketing eleitoral para que a população pense em supostos avanços na área. Considerando a real hipótese que a educação é sempre blindada e deixada à margem, os contextos históricos de lutas e discussões perecem em propostas nunca ouvidas ou contempladas. Sabemos que a educação está sempre bem cotada nos discursos políticos, sabemos da nossa função política, social e de formação cidadã, mas isso se contrapõe à inferioridade atribuída ao magistério, constatadas pelas diferenças de valores propostas na tabela dos cargos da Prefeitura de Santos. Nada contra analistas, administradores, biólogos, contadores e médicos, entre outros, com graus de vencimento acima do Magistério, mas fica configurado que coesão e coerência não existem nas considerações do Magistério público frente ao seu real valor e reconhecimento profissional. Vamos aguardar os discursos que virão em razão das eleições. Elise Cordeiro Santos - Santos